Uma criança, de 11 anos, teve o pé perfurado por um ferrão venenoso de 7 cm de um peixe bagre. A menina se machucou enquanto nadava em um rio em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Ao g1, a mãe Sidineia Bolonha, de 38 anos, contou que a filha foi atendida pelos bombeiros que a encaminharam ao Pronto Atendimento (PA) da cidade. Ela foi medicada e passa bem.
“Ela foi nadar e bateu o pé no ferrão de um peixe bagre que estava morto. Acabou cravando o ferrão inteiro dentro do pé dela”, disse a mãe, que mora Cesário Lange, no interior de São Paulo, e passou as festas de final de ano no litoral paulista. O biólogo Eric Comin explicou que o veneno passado através do espinho do bagre pode causar inchaço, febre e até necrose. (leia mais abaixo)
De acordo com Sidineia, em um primeiro momento os bombeiros cortaram o ferrão bem próximo à cabeça do peixe. Depois disso, levaram a menina Alexandra Bolonha ao PA.
“O médico deu várias anestesias no local para tentar tirar o ferrão [mas não consegui]. Depois, uma médica cirurgiã realizou um pequeno corte para ter espaço para o ferrão sair. Graças a Deus deu tudo certo”.
Ferrão com 7 cm de peixe bagre ficou preso no pé de Alexandra Bolonha, de 11 anos — Foto: Arquivo pessoal
Sidineia acrescentou que a filha foi medicada no hospital e continua o tratamento em casa. “O médico falou que a Alexandra não iria receber pontos [cirúrgicos], pois é melhor para sair toda a contaminação do ferrão, que era venenoso”.
Segundo a mãe, apesar de o pé de Alexandra está inchado, a menina se recupera bem e já voltou a caminhar.
“O sentimento é de gratidão, primeiramente a Deus, e depois aos bombeiros, aos médicos e aos enfermeiros de Ilha Comprida, pois fizeram um excelente atendimento e tudo foi muito rápido. Estou fazendo todos os procedimentos orientados e está tudo indo bem, graças a Deus”, finalizou.
Alexandra precisou de cadeiras de rodas para sair do hospital em Ilha Comprida, estava com dor e com o pé anestesiado — Foto: Arquivo pessoal
Ao g1, o biólogo Eric Comin explicou sobre os riscos de ser aferroado por um peixe bagre e informou quais medidas devem ser tomadas em casos de acidentes. Segundo o profissional, esta espécie é ‘extremamente’ comum em toda a costa brasileira e os acidentes acontecem com muita frequência.
De acordo com ele, os bagres possuem uma bolsa de veneno e, quando o animal espeta a vítima, a substância é ‘imediatamente inoculada’ [passa para o corpo]. Ele acrescentou que o veneno pode causar uma dor intensa na vítima.
“A dor pode durar horas, causar inchaço no local, febre e até necrose. O espinho é extremamente duro e mesmo se o animal estiver morto, o espinho vai entrar e causar problemas. Por isso, é necessário procurar atendimento médico com urgência”.
O biólogo ressaltou que é importante que o ferrão seja removido por um médico, pois, segundo ele, se não for retirado com cuidados especiais, o espinho pode quebrar, e o pedaço que permanecer dentro da vítima pode causar outras complicações, como inflamação e infecção.
“O grande problema desse esporão é que ele é totalmente serrilhado. Então ele entra com facilidade, mas na hora de sair, ele pode dilacerar a pele. Além da questão do veneno, tem também os microrganismos e as bactérias que ficam nesta região do peixe”, esclareceu.
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