Os pais de dezenas de estudantes da Unidade Municipal de Ensino (UME) João Papa Sobrinho, no bairro Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo, precisaram levar os filhos a postos de saúde após estes apresentarem sintomas como diarreia, dor no estômago e fraqueza. A prefeitura informou que 83 pessoas sendo 12 funcionários e 71 alunos apresentaram o quadro no retorno às aulas, após o feriado.
A unidade atende 360 alunos de 1º a 5º ano do Ensino Fundamental, portanto crianças de 6 a 11 anos. Os responsáveis acreditam que o surto tenha sido causado pela ingestão da água ou alimentos da unidade.
A administração municipal ressaltou as aulas não foram suspensas, mas, após as queixas sobre a situação, a direção da unidade comunicou os casos ao Programa Saúde na Escola e para a Supervisão de Ensino, que passaram a monitorar o ocorrido.
Algumas das crianças foram encaminhadas da escola em Santos (SP) à unidade de saúde — Foto: g1 santos
Caroline Merlini, de 31 anos, contou ao g1 não ter levado a filha de 11 ao hospital porque ela teve sintomas leves, embora outras crianças tenham sido dispensadas para receber assistência médica.
“Alguns tiveram que ir para a UPA [Unidade de Pronto Atendimento]. Lá, foram feitos exames e detectaram infecção intestinal”, disse a mãe.
Os problemas começaram na segunda-feira (6), mas na quarta-feira (8), de acordo com Caroline, ao menos 20 alunos apresentaram os sintomas e foram dispensados.
“Uma das crianças teve que ficar no hospital tomando soro. Está tendo que entrar com antibiótico, porque deu uma infecção […]. O médico deixou bem claro que seria por algo que comeu ou bebeu”, contou Caroline.
A reportagem ouviu outros pais que confirmaram o ocorrido e também disseram acreditar que as crianças tenham ingerido algo que causou os sintomas.
A Prefeitura de Santos informou, em nota, que profissionais das Seções de Vigilância Epidemiológica (Seviep) e de Vigilância Sanitária (Sevisa) vistoriaram a escola na última quarta-feira e não identificaram possíveis fontes de infecção comum.
A Seviep, de acordo com o texto, solicitou a coleta de amostras de fezes dos alunos e funcionários que apresentaram os sintomas para futura análise e identificação do agente etiológico do quadro diarreico.
A Seduc também destaca que a caixa d’água da unidade foi vistoriada e não apresenta avarias, está devidamente vedada e limpa.
A pasta ressaltou, ainda, que a direção da escola já reforçou todas as medidas sanitárias, bem como as orientações de higiene como lavar as mãos com sabão e uso do álcool gel (disponíveis na unidade).
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Por: G1
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