A rede de restaurantes vive de polêmicas, seja pelo preço exorbitante, pelos famosos frequentadores ou pelo seu dono, um açougueiro vaidoso e performático que inventou de colocar ouro nas carnes — folhas comestíveis, que são feitas para serem usadas em bolos e outras sobremesas extravagantes e que também existem em forma de pó ou lascas.
Mas o preço cobrado pela carne faz parecer que se come uma joia de verdade. Uma reportagem do tabloide britânico “The Sun” de agosto deste ano, com base em uma conta postada no Twitter, aponta que o prato mais caro, na unidade de Londres, custava 1.450 libras — o equivalente a cerca de R$ 9 mil na cotação desta segunda-feira (5). Um hambúrguer, R$ 100 (cerca de R$ 600).
O turco Nusret Gokce, que se autodenomina Salt Bae e tem 39 anos, abriu seu primeiro restaurante em 2013. Primeiro chamou a atenção por uma pose “exótica” (se não debochada) para salgar a carne — que tradicionalmente é repetida por seus clientes, como o craque da seleção francesa Mbappé, cujo vídeo apareceu no Instagram do chef em 2021.
As redes sociais de Bae mostram uma vida de vaidade e ostentação: iates, malhação, charutos e os inseparáveis óculos escuros em mil poses e malabarismos com facas e pedaços de carne.
E muitas fotos e vídeos com famosos, a maioria jogadores de futebol, mas também o ex-marido da vegana Gisele Bundchen, Tom Brady. O mais recente, de 1 dia atrás, mostra um “capicinoooo” (sic) com os ex-jogadores da seleção brasileira Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno no Catar.
Um dos comentários negativos veio do padre Julio Lancelotti, conhecido em São Paulo pelo trabalho junto à população de rua. “Enquanto milhões pelo mundo passam fome nos chega um vídeo deste acintoso e que causa indignação e tristeza”, postou o religioso.
Bae continua alimentando polêmicas. Em novembro, postou comportou-se como um de seus clientes e postou uma conta de 161 mil euros (o equivalente a quase R$ 900 mil) de seu restaurante em Abu Dhabi, com a frase “Qualidade nunca (é) cara”.
As casas continuam lotadas, mas avaliações deixadas em sites como o Trip Advisor, onde a unidade de Nova York ranqueia apenas como nº 1.324 de 7.283 restaurantes, dizem que a carne é boa, mas comida igual pode ser encontrada em outros restaurantes que não cobram preços estratosféricos.
Eles também reclamam de garçons que tiram a comida quando nem bem terminaram de comê-la.
Bae também tem a fama de pagar mal os funcionários bem menos, frente ao que cobra pela comida preparada por eles.
Redes sociais de Salt Bae mostram malabarismo no preparo de carnes — Foto: Reprodução/Instagram
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Por: G1
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