Marko Kraguljac e Luísa Vitorino — Foto: Rafaela Mansur/ g1
No bolão da empresa onde trabalha, em Belo Horizonte, o analista de sistemas Marko Kraguljac, de 40 anos, decidiu “jogar com a razão” e apostou na vitória do Seleção Brasileira na partida de estreia na Copa do Mundo, nesta quinta-feira (24). Mas, no coração, a torcida era para a Sérvia, país onde nasceu e viveu até os 12 anos.
“Quando eu vejo jogo da Sérvia, torço para a Sérvia. Quando vejo jogo do Brasil, torço para o Brasil. Quando é um confronto direto, normalmente eu torço para a Sérvia. Depende um pouco do esporte, de quem está jogando. Mas normalmente eu torço para a Sérvia, tenho o coração um pouquinho mais para lá”, disse.
Marko veio com a família para o Brasil em 1994, durante a Guerra da Bósnia. Eles viveram por um tempo em Curitiba e, em 1995, vieram para Belo Horizonte. Na capital mineira, Marko se formou, começou a trabalhar e se casou com a mineira Luísa Vitorino.
“Falar meio a meio está errado. Eu me sinto 100% sérvio e 100% brasileiro também. Tem quase 30 anos que eu vivo no Brasil, já terminei o primeiro grau, o segundo grau, universidade, trabalho, tudo aqui. Então, me sinto muito brasileiro, apesar de no papel ainda ser sérvio. E me sinto sérvio pelas raízes, família, conexão”, falou.
Nesta quinta-feira, Marko reuniu vários amigos brasileiros para assistir ao jogo. Ele disse que esperava pelo menos um gol da Sérvia – apostou 3 a 1 para o Brasil no bolão –, mas também ficou satisfeito com o resultado final, 2 a 0 para a seleção canarinho.
“Estou tranquilo, feliz pelo Brasil. Acho que está dentro do esperado. Se fosse empate ou vitória da Sérvia, seria um pouquinho surpresa. Quer dizer, vitória da Sérvia seria uma zebra”, falou.
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