Dupla de bailarinos de grupo de Guarujá, SP, participam pela primeira vez do Festival de Dança de Joinville com dança sobre violência doméstica. — Foto: Isabela Soares
Uma dupla de bailarinos com 100% de bolsa no Instituto Cia Ballet Art Mesquita, de Guarujá, no litoral de São Paulo, participa pela primeira vez do Festival de Dança de Joinville (SC) apresentando uma coreografia que retrata a violência doméstica. Além deles, outras três bailarinas do grupo de dança irão participar do evento, que começou nesta terça-feira (19)
Ensaiando há cerca de um ano a coreografia “Artigo 61º”, Livian Fernandes, de 22 anos, e Gabriel Silvestre, de 27, contaram ao g1 que a participação no festival é motivo para se comemorar. “Joinville sempre foi o foco principal para todos aqueles que querem e amam viver da dança, sabíamos que as audições não seriam fáceis, porém, colocamos toda fé e esforço naquilo que acreditamos”, disse Gabriel.
O bailarino explicou que a dança retrata um cenário de violência doméstica. “É muito forte fazer o papel do opressor e agressor, mexe muito com a gente. Quem assiste ou fica impactado ou se acaba em lágrimas”.
Livian Fernandes, de Guarujá (SP) apresenta a coreografia “Artigo 61º” no Festival de Joinville. — Foto: Isabela Soares
A dupla precisou estudar diversos casos e, principalmente, as expressões das vítimas e dos agressores para levar o sentimento aos palcos. “Com movimentações lentas, olhares de desespero e de opressão. Foi uma experiência forte e marcante, que jamais será esquecida”, relata.
Atuando no ramo da dança há sete anos, Livian conseguiu participar do Festival de Joinville na primeira tentativa. “Isso só me faz perceber que estou no caminho certo”, afirmou ela, que também vai participar com uma coreografia solo “Fragmentado”.
Gabriel Silvestre, de 27 anos, festeja participação no festival de dança — Foto: Isabela Soares
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