A data marca a vitória de tropas soviéticas sobre a Alemanha nazista, há 78 anos. O discurso do presidente do país, Vladimir Putin, foi menos agressivo e mais curto que no ano passado, e a tradicional parada militar na Praça Vermelha, menos numerosa (leia mais abaixo).
Por cerca de dez minutos, Putin disse que:
- Uma “guerra real” está sendo travada pelo Ocidente contra a Rússia;
- O mundo está novamente em um ponto de virada – em referência ao momento em que a União Soviética conteve as tropas nazistas, no fim da 2ª Guerra Mundial;
- As “elites globalistas ocidentais” semeam a russofobia;
- O povo ucraniano se tornou “refém de um golpe de Estado” e das ambições do Ocidente.
“Hoje, a civilização está novamente em um ponto de virada decisivo. Uma verdadeira guerra foi desencadeada contra nossa pátria. Nós repelimos o terrorismo internacional”, afirmou.
Putin discursou na Praça Vermelha, em Moscou, nesta terça-feira (9) — Foto: Reuters
O desfile militar, que todos os anos toma a Praça Vermelha, em Moscou, também foi mais contido este ano:
- Apenas um tanque desfilou, acompanhado de blindados e porta-mísseis;
- Neste ano, foram canceladas as tradicionais procissões do “Regimento Imortal”, nas quais multidões de cidadãos saíam às ruas segurando retratos de parentes que morreram ou serviram na Segunda Guerra Mundial;
- Pela primeira vez, não houve nenhum avião, helicóptero ou equipamento aéreo na parada.
- As tropas também foram menos numerosas – cerca de 8 mil soldados desfilaram, contra 14 mil em 2020, mesmo durante a pandemia.
Sem mencionar a falta de efetivo e as dificuldades enfrentadas pelos soldados no front, Putin disse estar “rezando” pelas forças russas na Ucrânia. “Todo o país se uniu para apoiar nossos heróis. Todos estão prontos para ajudar, rezando por vocês”, disse ele.
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, tradicional aliado da Rússia, foi o único líder estrangeiro presente no desfile. , com pouco equipamento militar e sem uso de aviação. Apenas um tanque participou.
Nesta foto de arquivo de 2 de maio de 1945, soldados soviéticos hasteiam a bandeira vermelha sobre o Reichstag após a queda de Berlim, uma das imagens icônicas da Segunda Guerra Mundial tiradas pelo renomado fotógrafo Yevgeny Khaldei — Foto: Yevgeny Khaldei/iTAR-TASS file photo via AP
A derrota da Alemanha nazista pelas tropas da então existente União Soviética no fim da Segunda Guerra Mundial, é o triunfo militar mais reverenciado da Rússia, ao lado da vitória sobre o imperador francês Napoleão Bonaparte, em 1812.
No dia 8 de maio de 1945, as forças Aliadas triunfaram sobre o regime nazista, cujas tropas se renderam, marcando então o fim guerra.
Com isso, a partir de 1967, nos países que estavam sob a influência da antiga União Soviética, o Dia da Vitória começou a ser celebrado em 9 de maio – porque, no horário da Rússia, já passava da meia-noite. A data também virou feriado nacional naquele ano.
A maioria dos países europeus ocidentais comemora o Dia da Vitória em 8 de maio.
Destroços de um míssil russo atingiram uma casa nos arredores de Kiev em 9 de maio de 2023 — Foto: Polícia Ucraniana/via REUTERS
Mais cedo, a Ucrânia foi alvo de novos ataques russos. Autoridades do país disseram ter conseguido derrubar 23 dos 25 mísseis que foram lançados contra Kiev. Não há informações de feridos.
Esta foi a segunda noite consecutiva de grandes ataques aéreos russos e a quinta até agora neste mês.
Destroços caíram sobre uma casa no distrito de Holosiivsky, no sudoeste de Kiev, mas causaram poucos danos, disse o prefeito da capital, Vitalii Klitschko.
Moscou nega ter como alvo civis e diz que seus ataques aéreos visam reduzir a capacidade de combate da Ucrânia.
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen durante visita à Kiev em 9 de maio de 2023 — Foto: Viacheslav Ratynskyi/REUTERS
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen viajou até Kiev nesta terça para conversar com o presidente Volodymyr Zelensky.
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