Um empresário de São Vicente, no litoral de São Paulo, promove um bazar, neste sábado (11), com os produtos que não foram furtados da loja que administra. O objetivo com a ação é manter as portas abertas. Segundo ele, criminosos invadiram a relojoaria dele e levaram mais de 300 joias – itens são vendidos no estabelecimento. Abalado, Samuel Diaz, de 43 anos, criticou a falta de segurança e lembrou a morte do pai, há 9 anos, vítima de latrocínio [roubo seguido de morte] no comércio.
Samuel contou que o furto ocorreu em 29 de janeiro no bairro Cidade Náutica e, de lá pra cá, passou o tempo se organizando para realizar o bazar na Avenida Ana Costa, 521, na vizinha Santos. O evento, inclusive, termina às 18h.
Segundo o empresário, bandidos invadiram a loja e furtaram aproximadamente 80% dos produtos, como relógios, pulseiras, colares, anéis, brincos e pingentes. Itens de ouro, prata e folheados.
Ele contou à reportagem que algumas amigas já haviam programado um evento de ‘desapego de roupas’ e, quando souberam do furto, o convidaram para realizar o bazar no mesmo espaço. Essa experiência, ainda de acordo com ele, vai permitir que tenha contato com outra clientela.
O empresário registrou boletim de ocorrência foi registrado no 1º DP de São Vicente.
Empresário tem ao menos 300 itens roubados de relojoaria no litoral de SP — Foto: Arquivo Pessoal
Não foi a primeira vez que a joalheria da família foi alvo de criminosos. Desde que o pai de Samuel, Alfonso Diaz Alvarez, fundou a Relojoaria 3 Estrelas, em 1973, ocorreram diversos furtos. “[A loja] teve bastante sucesso e ele foi ampliando [o negócio] pela Baixada Santista, mas também sofreu muitos assaltos”, afirma.
Segundo o empresário, na época em que o pai ainda administrava o “negócio da família”, eles chegaram a ter quatro unidades da relojoaria. Atualmente, duas estão em funcionamento, uma no Centro e outra no bairro da Cidade Náutica, ambas em São Vicente.
Em janeiro de 2014, Alfonso foi assassinado durante um assalto à relojoaria do Centro. Apesar de trabalhar desde os 15 anos junto à família, ele teve muitas dúvidas sobre o que fazer após a morte do pai. Porém, assumiu o negócio para assim continuar o legado.
“Algo me falou para seguir. A morte do meu pai foi muito difícil, mas continuar com a loja era manter a memória dele na cidade e nos clientes”.
Samuel (à dir.) posa com o pai Alfonso (à esq.) em foto — Foto: Arquivo Pessoal
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