O tema Israel e Palestina voltou ao debate após os ataques terroristas protagonizados pelo Hamas tirarem a vida de centenas e uma guerra entre os dois povos se iniciar.
A seguir, você entenderá a causa do conflito e porque ainda não se resolveu.
A Palestina
O território palestino é uma região localizada no Oriente Médio e passou a ser chamado assim no século 2, quando Roma esmagou uma revolta dos judeus. O imperador Adriano mudou o nome da região de Judeia para Palestina para provocar os judeus, já que a palavra lembrava o nome de um antigo inimigo de Israel: os filisteus.
Ao longo dos séculos seguintes, a Palestina foi controlada por grandes potências políticas como romanos, muçulmanos, mamelucos, otomanos e britânicos.
Apesar de a região estar sob o controle de potências estrangeiras, os judeus mantiveram uma ligação com a região; afinal, ali foi o reino de Israel por muitos séculos e a querida cidade de Jerusalém.
A presença maciça do grupo voltou no século 19 quando judeus, vítimas do antissemitismo, passaram a comprar terras desabitadas do local para fugirem da perseguição na Europa.
No fim do século 19, um crítico literário chamado Theodor Herzl liderou um movimento para a criação de uma nação para abrigar os judeus vítimas de perseguições.
O movimentou ganhou forças e, em 1947, o Império Britânico, que controlava a Palestina, criou um comitê para a partilha da região em dois estados: um judeu e um árabe.
O Brasil foi essencial para estabelecer Israel como Estado. O diplomata brasileiro Oswaldo Aranha presidiu sessão na Assembleia Geral da ONU e apoiou a partição da Palestina britânica em dois estados: Israel para os judeus e a Palestina para os árabes.
No entanto, a criação do novo Estado teve resistência árabe, que queria o controle total da região. As tensões geraram conflitos e levaram à morte de muitas pessoas.
Os árabes alegavam que o aumento da migração judia para a região era fruto da interferência das potências ocidentais na região; muitas vezes, para massacrar os moradores locais.
Além disso, alguns muçulmanos acreditam que o estabelecimento de Israel é o resultado da decadência da sociedade islâmica e do afastamento de Alá.
Após a aprovação da criação do Estado de Israel, os árabes entraram em guerra com Israel, que conseguiu aumentar, ainda assim, em 20 mil quilômetros quadrados o seu território.
Mais uma guerra ocorreu em 1967, quando Egito, Jordânia, Iraque e Síria entraram em conflito contra Israel. Eles perderam e Israel ainda aumentou o seu controle na região, conquistando a cidade de Jerusalém.
As rivalidades continuaram aumentando, até que em 1993 e 2000, o presidente dos EUA, Bill Clinton, mediou dois acordos entre Israel e a Organização pela Libertação da Palestina (OLP).
O autor do livro O Filho do Hamas, o palestino Mosab Hassan Yousef e o professor de Harvard Alan Dershowitz afirmam que as lideranças palestinas não aceitaram os tratados porque, caso o fizessem, perderiam o sentido de sua existência: muito poder e dinheiro.
Por que eles não se entendem?
Para Israel, o povo palestino está em seu antigo território, dado por Deus ao Seu povo. Eles ainda creem que essa terra é local de proteção para qualquer judeu. Já os palestinos, acreditam que a existência de Israel é fruto de uma interferência imperialista nas terras sagradas do Islã.
O Hamas
Criado em 1987, o grupo escreveu uma carta em 1988 afirmando que “Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o apague”. Os terroristas ainda acreditam que “a hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem de matá-los”.
De acordo com informações do jornal Wall Street Journal, o Hamas contou com o apoio do Irã para fazer os atentados terroristas. Esses ataques ocorrem em meio a uma possível perda de poder dos iranianos no Oriente Médio.
A Arábia Saudita e o Irã disputam para ter a maior influência entre os povos muçulmanos. Porém, nos últimos meses, os sauditas e Israel estão ensaiando uma aproximação política que seria muito prejudicial ao poder dos iranianos no Oriente Médio.
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Pedro Augusto é formado em Jornalismo, já escreveu para outros sites conservadores, possui redes sociais sobre história, é viciado em livros e em breve estará cursando Teologia.
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