Guilherme Silva Ribeiro, de 17 anos, foi um dos sete candidatos no Enem 2023 a tirar nota mil no estado de São Paulo. Ao g1, o morador de Mongaguá (SP) contou, nesta quinta-feira (18), ter encontrado na academia uma forma de diminuir a ansiedade pelas provas. “Sou muito exigente comigo mesmo até porque cobrava uma nota maior do que os 9,0 que recebia na escola”, disse.
O adolescente, que trabalha como auxiliar de escritório, formou-se no final do ano passado no Ensino Médio do Colégio Expressão, que também fica na cidade. Ao g1, a professora de redação e a coordenadora da escola contaram que Guilherme é estudioso e também “questionador” com as próprias notas, sempre em busca do melhor resultado.
Em meio à rotina de estudos e autocobrança, Guilherme contou ter encontrado, ainda no início do ano passado, o exercício físico como uma maneira de “cansar” o corpo e “descansar” a mente.
“O treinamento é do corpo, mas me ajuda muito nas questões emocionais”, disse ele. “A academia é onde realmente aprendi a ser persistente sem ‘surtar’ comigo mesmo por não conseguir algo”.
Jovem que tirou nota mil na redação do Enem cita academia como fórmula ‘antiestresse’ — Foto: Arquivo Pessoal
Guilherme afirmou que, logo após iniciar os treinos em 2023, percebeu que os exercícios se tornaram parte determinante da própria rotina. “Virou o momento do dia em que era apenas eu lutando contra mim mesmo para não desistir e ser forte para conseguir me superar a cada dia”, complementou.
Segundo ele, junto a isso, passou a sentir alívio e a distração mental. “Agora sinto orgulho porque, além de ter melhorado o físico, tive toda essa segurança apenas por ocupar a mente”.
A professora de redação Zana Donner, que acompanhou Guilherme da sala de aula até a nota máxima no Enem, contou que não conteve as lágrimas ao saber da conquista do aluno.
“Parecia até que a minha filha tinha tirado essa nota, de tão feliz que fiquei”, disse a professora. “Ele nunca falou da vontade de tirar nota mil na redação, mas sempre exigiu muito dele mesmo. Toda vez que eu mostrava as notas dele, que eram 9 ou 9,5, ele perguntava: “Por que não 10?”.
Por fim, Sandra Domingos da Silva, coordenadora da escola, relatou o sentimento de orgulho pela conquista do estudante. “Trabalhamos muito com os professores esse protagonismo do aluno. Ele é muito interessado e questionador. Para a escola foi uma surpresa, mas ao mesmo tempo uma gratificação do trabalho que desenvolvemos há 30 anos”.
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