A Justiça da Rússia determinou nesta sexta-feira (24) que o ex-primeiro-ministro Mikhail Kasyanov, que hoje faz críticas ao governo do país e que deixou a Rússia denunciando a ofensiva na Ucrânia, é um “agente estrangeiro”.
Kasyanov foi o primeiro chefe de governo de Vladimir Putin, no início dos anos 2000. Entre 2000 e 2004, Kasyanov foi primeiro-ministro da Rússia. Anos mais tarde, ele se tornou um crítico do presidente russo.
Antes da guerra na Ucrânia, Kasyanov liderava o Partido da Liberdade do Povo, um pequeno partido liberal. Em junho de 2022, ele anunciou que havia deixado a Rússia.
Agora, ele tem um registro como “agente estrangeiro”, u rótulo ofensivo.
O ministério afirma que Kasyanov se opôs à “!operação militar especial na Ucrânia” (a guerra) e é membro do Comitê Antiguerra da Rússia, “uma associação cujas atividades visam desacreditar a política externa e interna russa”.
Esse “comitê”, de atividades muito limitadas, foi criado em 2022 no exterior por opositores russos, incluindo o ex-oligarca exilado Mikhail Khodorkovsky.
O status de “agente estrangeiro” impõe fortes restrições administrativas às pessoas ou entidades rotuladas, como um controle frequente de suas fontes de financiamento. Também exige que qualquer publicação, incluindo em redes sociais, seja acompanhada da etiqueta “agente estrangeiro”.
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Por: G1
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