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Um fotógrafo, de 28 anos, fez um registro impressionante de uma nuvem gigante ‘invadindo’ a Praia do Satélite, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. (Veja o vídeo acima). Ao g1, especialistas afirmaram tratar-se do fenômeno Shelf Cloud (nuvem prateleira), considerado raro nas praias da região.
Nícolas Schukkel tem o costume de fotografar tempestades e fenômenos da natureza. Por este motivo, está sempre atento aos sites de monitoramento climático. Dessa vez, a sua noiva avisou que um temporal estava a caminho. Então, por volta das 18h10, da última terça-feira (31), o fotógrafo realizou o flagrante, que já acumula mais de 38 mil visualizações nas redes sociais.
“Eu fiz de casa mesmo [com um drone]. O prédio em que moro fica em frente à praia. Até cheguei a dar um pulo na praia para fotografar com a câmera, mas a nuvem já estava próxima demais e não quis arriscar”, explicou.
Fotógrafo Nícolas Schukkel é apaixonado por tempestades e fenômenos da natureza — Foto: Nícolas Schukkel
À reportagem, Schukkel contou que carrega essa paixão por tempestades desde criança e, apesar de não sentir medo, está sempre atento aos perigos durante a captação dessas imagens.
“Adorava assistir documentários sobre tornados, raios e tempestades, e agora poder registrar alguns fenômenos desses é praticamente uma realização. Fotografo paisagens e a natureza, de um modo geral, mas a beleza assustadora de grandes tempestades têm um lugarzinho especial no meu portfólio“, afirmou.
Para o fotógrafo, a sensação foi de admiração, principalmente por ser a maior formação de tempestade que já viu passar em Itanhaém (SP). Schukkel acrescentou que o deslocamento foi tão rápido que em 20 minutos a nuvem já estava em cima dele. “Foi uma euforia conseguir registrar isso”.
Fotógrafo teve 20 minutos para captar as imagens do fenômeno ‘nuvem prateleira’ — Foto: Nícolas Schukkel
O consultor em climatologia, astronomia e geologia da ONG Amigos da Água, Rodolfo Bonafim, explicou que a nuvem prateleira se forma quando uma camada de ar quente sobe rapidamente e se mantém acima do ar frio. Ele destacou que podem ser perigosas, devido aos fortes ventos que as acompanham.
“É rara aqui na região do litoral paulista. É mais comum na região sul do Brasil, [onde] são mais frequentes, porque lá o clima é mais instável”, afirmou Bonafim.
O meteorologista da Defesa Civil de Santos (SP), Franco Cassol, acrescentou que esse tipo de nuvem é de tempestade. Portanto, geralmente, está associada a ventos e pancadas de chuva fortes e raios.
“São as maiores nuvens que existem em dimensão, principalmente pelo desenvolvimento vertical delas, podendo ter mais de 12 km de altura”, destacou Cassol.
Nuvem gigante ‘invadiu’ a praia do Satélite, em Itanhaém (SP). — Foto: Nícolas Schukkel
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