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O submarino Tikuna atracou no cais da Marinha em Santos para abastecer com água, mantimentos e fazer pequenas manutenções, após uma operação de treinamento com a Armada Argentina no mês de agosto, em Mar Del Plata. Ele deixará o cais santista na terça-feira (5) rumo ao Rio de Janeiro (RJ).
A entrada pelo canal do porto foi triunfal, com vários tripulantes em pé sobre o casco da embarcação, o que chamou a atenção de moradores e turistas da cidade.
O capitão de fragata e comandante do submarino, Carlos Augusto de Lima, de 44 anos, contou que o procedimento que chamou a atenção da população é considerado normal, pois os tripulantes precisam preparar as cordas para a amarração e observar as embarcações e eventuais outros obstáculos.
“A gente sabe que o pessoal olhando de fora vê com muita curiosidade a gente andando pelo convés, no passadiço [sobre o casco], exposto a vento, chuva. Sabemos dessa magia que o pessoal percebe, mas para nós acaba virando uma rotina, que é interessante, motivadora, e que fazemos com bastante tranquilidade e naturalidade”, disse.
Comandante abriu a escotilha do submarino à reportagem e explicou o funcionamento dele — Foto: Alexsander Ferraz/AT
O comandante recebeu a reportagem e explicou detalhes sobre a navio, que gerou interesse de visitação pelas redes sociais. Assim que aberta a escotilha para o embarque dos convidados, logo é possível entender os motivos pelos quais o submarino não é aberto ao público: o primeiro é por estar em operação, o segundo por não ser acessível.
Para descer é preciso se segurar firme em uma escada vertical, sem abrir os cotovelos e com cautela para não escorregar nos degraus metálicos. Ao pisar no interior do submarino o comandante avisa: “vocês estão debaixo d’água”.
Em um breve giro de 360º saltam aos olhos os detalhes e informações naquele ambiente que, por mais que pareça estreito, tem capacidade para abrigar 44 pessoas — na viagem à Argentina foram 47 por ser treinamento.
A reportagem desceu e logo pisou no ambiente onde acontecem as refeições, com duas mesas para mais de 10 pessoas. A área também é o espaço de lazer, onde assistem filmes previamente baixados e jogam videogame. No local podem ser instaladas mais três camas.
Na sequência, temos um corredor extenso com diversos armários para itens pessoais, mantimentos e medicamentos. No teto foi possível notar ao menos uma cama montada, enquanto as outras estavam nos quartos, como se fossem beliches com cortinas.
Do lado oposto aos quartos, o banheiro e a cozinha. Passada essa parte chegamos à área de comando, de onde partem as ordens, seguida da sala de manobra e de máquinas. (leia mais abaixo, nos cinco compartimentos)
Reportagem foi convidada a visitar o submarino Tikuna que esteve em operação de treinamento com a Armada Argentina no mês de agosto.
Mas, lembre-se, estamos em um navio de guerra. Na descida das escadas, ainda na chegada, ao olharmos à esquerda notamos diversos cilindros onde ficam os torpedos. Por questões estratégicas o comandante não informou a quantidade. As armas, quando usadas, são em testes em ambientes afastados e controlados — os testes são para os operadores e próprio equipamento.
Questionado por que o Brasil tem quatro submarinos de guerra, e está prestes a lançar o quinto ao mar, se tem uma posição de neutralidade em relação a guerra o comandante explicou: “O projeto nosso é de defesa”.
E complementou: “A gente pensa em forças armadas em termos de defesa dos interesses nacionais nas águas jurisdicionais, o que a gente vem chamando de Amazônia Azul. E [criar] um efeito de dissuasão, com uma marinha que se mostre presente”.
O capitão ressaltou que o objetivo é deixar o Atlântico Sul uma área mais segura, protegida e patrulhada. Ele inclusive citou o trabalho realizando na Argentina, a Operação Fraterno, que está na 36º edição. “Fizemos diversos exercícios no mar com navios, submarinos e aeronave. […] tivemos exercícios tanto na área marítima da argentina, como a brasileira”.
Durante a viagem chegaram a ficar oito dias debaixo d’água. A embarcação, porém precisa ir próximo à superfície ao menos três vezes por dia para fazer a troca de oxigênio, diminuindo o gás carbônico, além de recarregar as baterias, momento em que é o snorkel do submarino é exposto — uma espécie de haste.
Em alguns momentos, por questões de segurança, o comandante informou que não poderia passar os dados precisos sobre o submarino, por serem informações sensíveis e estratégicas. Ele citou, no entanto, que o navio chega a algo em torno de 200 metros de profundidade e desenvolve velocidade submerso de aproximadamente 35 km/h.
Submarino Tikuna atracado no cais santista — Foto: Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
O comandante explicou os 62 metros de comprimento do submarino estão divididos em cinco compartimentos: torpedos, baterias (abaixo do piso), comando, manobra e máquinas.
O primeiro já foi citado, as baterias fornecem a energia para o navio, a área de comando é o local em que fica e de onde toma as decisões. O local é equipado com radares, sonares, mapas e outras telas de informações, além de ter o periscópio para ver fora da embarcação.
Na parte da manobra fica o timoneiro e outro oficial, que controla a embarcação, e por fim, as máquinas, com motores que têm função de acionar a bateria.
Entre o comando e a manobra tem a sala de rádio, cuja chave fica com um oficial que se reporta apenas ao comandante, devido a sensibilidade das informações, que podem ou não ser repassadas aos demais. Nessa sala, que fica trancada, informam diariamente se estão bem.
Afora o Tikuna, o país conta com o submarino Tupi, o Tamoio, o Riachuelo e Humaitá. Os três primeiros foram construídos no Brasil, mas seguem o projeto alemão. Os últimos dois, mais novos, já são de projetos franceses, de um novo acordo do país — o Riachuelo está incorporado à armada e o Humaitá está em provas de mar e em vias de ser incorporado à armada.
Os quatro primeiros funcionam à combustível, o último é de propulsão nuclear. “Estes são maiores, tem deslocamento maior, atinge velocidades maiores, sistemas e equipamentos mais modernos”.
O submarino Tikuna S-34 atracou no cais da Marinha em Santos na manhã do último sábado (2). Ele chamou a atenção de moradores e turista que estavam no bairro Ponta da Praia, principalmente pelo fato de tripulantes estarem sobre o casco da embarcação. Nas imagens obtidas pelo g1 é possível ver mais de dez profissionais. (veja o vídeo abaixo)
De acordo com a Marinha, submarinos são navios de guerra capazes de alterar o grau de flutuabilidade, podendo enviar patrulhas e ataques submersos na água. A Capitania dos Portos confirmou que o submarino está atracado no cais santista até a próxima terça-feira (4).
Submarino de guerra entra no Porto de Santos com tripulantes sobre o casco – Imagens cedidas por: Baixada Mil Grau
Ainda segundo o órgão, o Submarino Tikuna – S-34, ex-Tamandará, é o primeiro navio a ostentar esse nome, dado em homenagem ao povo indígena Tikuna.
O submarino foi batizado e lançado ao mar em 9 de março de 2005. Em 16 de dezembro do mesmo ano, foi realizada a Cerimônia de Mostra de Armamento e Incorporação a Armada.
Submarino Tikuna S34 atracou no cais da Marinha em Santos, SP, na manhã deste sábado (2) — Foto: Reprodução
Por: G1
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