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Gabão: ex-colônia francesa rica em petróleo é comandada há meio século pela mesma família; saiba mais sobre país

today31 de agosto de 2023 10

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Rico em petróleo e com 1/3 de pobres

O Gabão fica na região oeste da África Central e, com 267 mil km², tem uma área maior que a do estado de São Paulo, mas apenas 2,3 milhões de habitantes, equivalente à população de Belo Horizonte, de acordo com o último Censo.

A maioria das pessoas é de origem Bantu, um grupo etnolinguístico presente em toda a África subsaariana que possui cerca de 680 dialetos e línguas distintas.



O país produz 200 mil barris de petróleo por dia, o tornando um dos maiores produtores do mundo. O Gabão é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

No entanto, cerca de 1/3 da população vive abaixo da linha da pobreza, de acordo com a enciclopédia “Brittanica”.

A estimativa de vida no país africano é de 64 anos para os homens e 69 para as mulheres. No Brasil, a estimativa é de 73,6 anos para os homens e 80,5 para as mulheres.

Nome de origem portuguesa

Os primeiros europeus que chegaram ao Gabão foram comerciantes portugueses que pisaram no solo africano no século XV e deram ao país o nome da palavra portuguesa “Gabão”, um casaco com manga e capuz que lembra o formato do estuário do rio Komo, principal rio do país que tem ligação direta com o Oceano Atlântico.

Posteriormente a França assumiu o status de protetora ao assinar tratados com os chefes costeiros do Gabão em 1839 e 1841.

O país europeu só passou a gerir de fato a região em 1903 quando formou um complexo nomeado de “África Equatorial Francesa”, extinto em 1960 com a independência e separação em 4 territórios: República Centro-Africana, Chade, Congo e Gabão.

Mapa mostra a posição de Gabão — Foto: Arte g1

Com o fim da colonização, o país iniciou uma eleição para formar um governo parlamentar e eleger um líder local. No entanto, nenhum partido alcançou maioria para formar governo.

Pouco depois de concluir que o Gabão tinha um número insuficiente de pessoas para um sistema bipartidário, os dois líderes dos principais partidos concordaram numa lista única de candidatos.

Optando pelo esquema presidencialista, um deles se tornou presidente e o outro fez parte da chapa como chanceler.

O método levou Leon M’Ba ao poder, acompanhado de seu vice-presidente Omar Bongo. Ambos foram vítimas de um golpe de Estado liderado pelo exército em 1964. Depois de 3 anos, uniram forças novamente e retomaram o poder.

M’Ba morreu no final de 1967 e Omar Bongo tornou-se presidente, permanecendo no cargo até sua morte em 2009, sendo sucedido pelo seu filho Ali.

Em 2019, militares ensaiaram um novo golpe, mas acabaram presos. À época, o governo de Ali Bongo determinou um toque de recolher na capital e cortou o acesso à internet.

Um grupo de alta patente das Forças Armadas do Gabão anunciou um golpe de Estado nesta quarta-feira (30), em rede nacional. Eles alegaram fraude nas eleições gerais do país, que ocorreram no fim de semana e indicaram a vitória do atual presidente, Ali Bongo.

Bongo foi colocado em prisão domiciliar, segundo os militares. As fronteiras do país foram fechadas.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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