Um guarda civil municipal, de 37 anos, levou uma pedrada no rosto durante uma confusão no show do MC Hariel, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O agente, que preferiu não se identificar, contou ao g1, nesta sexta-feira (10), que voltou ao trabalho após o acidente para não ter o salário descontado. (Veja o posicionamento da prefeitura abaixo).
O guarda disse que estava com um parceiro realizando um patrulhamento de rotina entre os bairros Tupi e Maracanã Mirim, quando foram acionados para um apoio com prioridade no Festival de Esportes Radicais (Fera), onde acontecia o show do MC Hariel, no Pavilhão Jair Rodrigues, no bairro Quietude.
De acordo com a vítima, a confusão começou após o cantor subir em uma grade. O público queria fazer o mesmo e uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM) foi impedir as pessoas, momento em que começaram a jogar pedras e garrafas nos agentes.
“Me sinto chateado. Meio desumano. Você leva uma pedrada no rosto e ainda tem que trabalhar porque se não perde o dia. É desmotivador”, lamentou o homem.
O agente contou que estava a caminho dos GCMs que estavam sendo atacados e viu um homem com uma roupa azul jogando a pedra contra ele. “Eu virei o rosto rapidamente, pegou na lateral […]. Por pouco não pega no olho e eu fico cego”, explicou.
O caso aconteceu por volta das 23h30, do último domingo (5). De acordo com o guarda, a situação só foi controlada com a chegada da Ronda Ostensiva Municipal (Romu). Ele afirmou que a GCM não estava com os equipamentos necessários para o evento — não foram especificados.
Após ser atingido, o guarda precisou ir ao hospital para fazer um curativo e verificar a pressão que estava alta. No entanto, ele voltou ao serviço para não apresentar o atestado médico e trabalhou até as 6h de segunda-feira (6).
Em nota, a administração municipal informou que as circunstâncias estão sendo apuradas pelo comando da GCM. De acordo com a pasta, o planejamento das ações em todos os eventos realizados é feito previamente e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Trânsito e da Polícia Militar (PM).
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da cidade, Adriano Pixoxó, disse, por nota, que o caso foi uma falta de planejamento do operacional da GCM para um evento desse porte.
“Deveria ter uma equipe especializada com todos os EPIs de segurança e não uma viatura diária sem equipamentos de proteção”, afirmou Pixoxó.
A prefeitura afirmou que investe em equipamentos, capacitações e treinamentos constantemente. A administração ressaltou que adota medidas que garantam melhores condições de trabalho aos integrantes da corporação.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), Polícia Militar (PM) e tentou localizar a assessoria de imprensa do MC Hariel, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Santos.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
G1
Publicar comentários (0)