Barbeiro cria artes e desenhos nos cabelos — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Um barbeiro ‘freestyle’ de Praia Grande, no litoral de São Paulo, se tornou referência nacional no ramo. Vinícius Buri, de 37 anos, trabalhou durante anos com vendas e chegou a ser gerente comercial, mas migrou de área após se frustrar com a antiga carreira. Ao g1, ele confessou que a mudança foi a melhor decisão de sua vida.
Natural de Santos, também no litoral paulista, Buri conta que trabalha desde os 11 anos, e se formou em educação física, mas não quis seguir na área. Trabalhou no setor de vendas por vários anos, e ocupou cargos de gerência em todas as lojas onde trabalhou. No entanto, apesar das posições de destaque, ele não se sentia completo e representado.
Em 2016, ele pediu demissão e ficou desempregado por mais de um ano. Nesse meio tempo, aproveitou para aprender novas habilidades, e iniciou um curso de barbeiro. “Quando eu liguei a máquina pela primeira vez, descobri que era aquilo que eu queria para a minha vida“, revela.
Cortes tribais, geométricos, ‘freestyle’ e coloridos são tendência na barbearia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Após três meses de curso, o barbeiro iniciou atendimentos à domicílio. Em cinco meses, conseguiu uma cadeira para trabalhar em um salão feminino, onde muitos homens iam cortar o cabelo. Depois de seis meses, Buri foi convidado a trabalhar em outra barbearia.
Conforme relata, em um ano e dois meses, ele assumiu o cargo de gerência da barbearia. Em paralelo, também foi convidado a dar aulas de corte de cabelo para jovens, devido à habilidade que possui, principalmente com o modelo livre, ou “freestyle”.
Assim, em fevereiro de 2020, o profissional abriu sua própria barbearia, a Anjo Negro, que fica no bairro Anhanguera, em Praia Grande. Lá, ele colocou em prática todos os seus conhecimentos, e brinca que se diverte com alguns pedidos.
Buri reproduz desenhos de filmes, HQs e animes nos cabelos — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Buri diz que gosta de realizar cortes “freestyle”, e explica que eles podem ser em formatos diversos. “É algo geometricamente inconstante, mas que, no final, se torna perfeito”, afirma. Além disso, o profissional conta que, na Anjo Negro, os pedidos começaram “discretos”, com linhas e formatos tribais, mas que, com o tempo, foram evoluindo para formas mais complexas, como estrelas, até chegar a símbolos específicos, como de desenhos animados e palavras.
“A profissão está em constante mudança, então, temos que estar em constante evolução, para atender a todos os tipos de clientes. Espero fazer muito mais cortes nessa profissão maravilhosa”, finaliza.
Mandalas, ‘freestyles’ e cortes coloridos são pedidos recorrentes na barbearia — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
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