O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse nesta quarta-feira (31) que o governo italiano deve apresentar em breve uma nova proposta de reforma constitucional que estabelece a eleição direta para premiê.
A Itália é parlamentarista desde 1946, e, até o momento, o chefe do governo é indicado pelo partido ou aliança que detém a maioria das cadeiras no Legislativo.
“Não temos preconceitos, mas parece que se caminha rumo a uma proposta de eleição direta do presidente do Conselho de Ministros (nome oficial da função de premiê), de modo que haja um governo que dure bastante tempo”, disse Tajani.
Até o momento, o governo não deu detalhes sobre como o novo regime funcionaria na prática.
Esse modelo seria uma espécie de meio-termo para agradar o governo, que chegou a cogitar a hipótese de presidencialismo, e a oposição, que é contra alterações na função de presidente da República, cargo eleito pelo Parlamento.
Apoiadores políticos da extrema direita italiana vão às ruas em Roma — Foto: Andreas SOLARO / AFP
Primeira-ministra italiana e o fascismo
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, de 46 anos, é uma das principais vozes da extrema-direita aliada ao movimento pós-fascista no país. Ela é líder do partido Irmãos de Itália.
Apesar da relação com o fascismo, em outubro de 2022 – aproximadamente um mês após tomar posse como primeira-ministra italiana – ela negou qualquer “simpatia ou proximidade” com a ideologia extremista.
“Nunca tive qualquer simpatia ou proximidade com regimes antidemocráticos. Por nenhum regime, incluindo o fascismo”, afirmou em seu primeiro discurso como chefe de Governo na Câmara dos Deputados.
No mesmo discurso, ela ainda disse que “não se desviará um centímetro” dos valores democráticos e que “lutará contra qualquer forma de racismo, antissemitismo, violência política, discriminação” (relembre).
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Por: G1
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