Uma mulher de 22 anos e grávida de nove meses contou ao g1 que vive um pesadelo e que teme pela própria vida. Moradora de Praia Grande, no litoral de São Paulo, ela afirmou sofrer diversas ameaças e agressões do ex-namorado desde que terminaram, em janeiro de 2021. Ela revela, inclusive, ter sido estuprada e apanhado do homem, que na última sexta-feira (11) tentou invadira a casa dela.
A vítima disse já ter registrado diversos Boletins de Ocorrência na delegacia e que existe uma medida protetiva que deveria impedir que o ex se aproximasse dela. Deveria, pois ele continua a aparecer. A tentativa de invasão nesta sexta, de acordo com ela, foi a terceira no mês de novembro.
Imagens de monitoramento registraram as três vezes que o ex-namorado da vítima tentou entrar no imóvel. Nesta última, que aconteceu por volta de 5h30, ele quebrou o portão da residência ao dar marcha à ré com o carro. Como não conseguiu contato com a vítima, ele foi embora. Um novo BO foi registrado.
No último dia 2, a vítima disse que ele conseguiu entrar na casa e a agrediu no rosto. Não bastasse, ainda deixou o imóvel com o celular da mulher, que não foi devolvido até o momento. Naquela ocasião, a jovem também foi à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande denunciar a lesão corporal.
A jovem, que está grávida, também disse ter ido à Defensoria Pública denunciar o descumprimento da medida protetiva, concedida em setembro deste ano. Pouco tempo depois de ter voltado para casa, o agressor apareceu no portão dizendo que devolveria o aparelho celular, mas, assim que ela abriu a porta, ele a agrediu novamente.
Grávida denuncia ex-namorado por estupro e lesão corporal e diz ‘temer pela vida’ após ser perseguida em Praia Grande, no litoral de SP — Foto: Arquivo pessoal
Segundo a vítima, eles se conheceram em 2020 e moraram juntos por três meses. Após a primeira agressão, em janeiro de 2021, ela afirmou ter saído de casa e terminado o relacionamento. Em julho, a primeira medida protetiva foi instaurada. “Sou obrigada a voltar com ele para não viver apanhando”.
Ainda em outubro do ano passado, mesmo com um inquérito policial em andamento, bem como uma medida protetiva vigente, o homem a ameaçou e a estuprou. Esse caso também foi registrado na DDM de Praia Grande em maio deste ano.
Em setembro, a vítima entrou com um novo pedido de medida protetiva contra ele. O juiz decidiu que a situação exigia caráter de urgência, mas as agressões continuam.
A Polícia Civil esclarece que está em andamento um inquérito policial para apuração dos fatos. Segundo a autoridade policial, foi solicitado medida protetiva, que foi indeferida pelo Poder Judiciário.
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Por: G1
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