O grupo mercenário Wagner não lutará mais na Ucrânia, informou a agência de notícias estatal russa TASS nesta quinta-feira (29). A decisão foi tomada após o chefe da organização, Yevgeny Prigozhin, negar a assinatura de um contrato proposto pelo governo russo.
O acordo anexaria as forças do Wagner com o Ministério da Defesa da Rússia. Por consequência, o grupo deixará de ser financiado pelo Kremlin.
No último sábado, membros do Grupo Wagner iniciaram uma rebelião contra parte do governo russo e iniciaram um movimento de dominar cidades do sul do país e marchar até Moscou.
A revolta foi encerrada na noite do mesmo dia com base em um acordo firmado pelo Kremlin e o líder do Grupo Wagner, Prigozhin.
Imagem de arquivo de 8 de abril de 2023 mostra Yevgeny Prigozhin após funeral de blogueiro militar russo Maxim Fomin — Foto: Yulia Morozova/REUTERS
Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo Wagner, após anunciar o fim do motim contra os militares russos — Foto: Alexander Ermochenko/Reuters
Os pontos combinados foram:
- Que Prigozhin irá se exilar em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e em São Petersburgo, sua cidade natal.
- Que nenhum outro membro do grupo Wagner que participou da rebelião será perseguido criminalmente.
- Que os mercenários que não aderiram à revolta serão integrados ao Ministério da Defesa russo.
Membros do Grupo Wagner chegaram a Rostov-on-Don na madrugada de sábado e recuaram após acordo — Foto: Reuters
“Como se sabe, alguns dias antes da tentativa de motim, o Ministério da Defesa disse que todas as formações que executam tarefas de combate devem assinar contratos com o Ministério da Defesa”, disse Kartapolov.
“Todos começaram a implementar esta decisão… todos, exceto o Sr. Prigozhin.”
Prigozhin disse em 11 de junho que seus parceiros do Grupo Wagner não assinariam nenhum contrato com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, acrescentando que Shoigu era incapaz de administrar unidades militares.
Como resultado, disse o legislador, Prigozhin cometeu traição devido a “ambições exorbitantes”, dinheiro e o que ele chamou de “estado excitado”.
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Por: G1
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