Em meio as crescentes preocupações sobre a imigração ilegal na política americana, organizações religiosas criticam a administração Biden por implementar uma política para remover rapidamente a maioria dos requerentes de asilo venezuelanos dos Estados Unidos.
De acordo com The Christian Post, durante um comunicado na quarta-feira, o Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos anunciou um novo processo de aplicação da migração para venezuelanos que procuram entrar no país ilegalmente.
“Com efeito imediato, os venezuelanos que entrarem nos Estados Unidos entre portos de entrada, sem autorização, serão devolvidos ao México. Nosso esforço para reduzir a migração irregular de venezuelanos inclui também um novo processo para trazer, de forma legal e segura, até 24.000 venezuelanos qualificados para os Estados Unidos”, diz o DHS.
Nesse sentido, aqueles que buscam entrar legalmente nos Estados Unidos devem ter um apoiador nos Estados Unidos que forneça apoio financeiro, passar por testes biométricos e biográficos de segurança nacional e de segurança pública; e completar as vacinações e outros requisitos de saúde pública.
Sendo assim, aqueles cuja remoção foi ordenada nos últimos cinco anos bem como aqueles que não conseguiram completar as vacinas e outros requisitos de saúde pública, não poderão participar do programa, assim como aqueles que são residentes permanentes ou cidadãos duplos ou possuem status de refugiado em outro país.
Desta forma, Krish O’Mara Vignarajah, presidente do Serviço Luterano de Imigração e Refugiados, expressou a preocupação de que a nova política fornece apenas proteção temporária a um subconjunto muito limitado dos milhões de venezuelanos forçados a deixar sua pátria.
“Isto sem dúvida afetará os venezuelanos que não têm laços estreitos com os EUA, mas que, apesar disso, merecem o devido processo e proteção. Que suas expulsões serão camufladas em preocupações de saúde pública apenas semanas depois que o Presidente Biden declarou que a pandemia ‘acabou’ é profundamente perturbador”, afirmou.
Além disso, Elket Rodríguez, líder da equipe de defesa dos imigrantes e refugiados da Cooperativa Baptist Fellowship, também criticou a nova política, afirmando a Cooperativa Baptist Fellowship não pode endossar a proposta de liberdade condicional ou expulsão de venezuelanos sem considerar a validade de seus pedidos de asilo.
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