O candidato Fernando Haddad (PT) defendeu as campanhas de vacinação, as escolas em período integral e parcerias com terminais portuários durante uma visita de campanha em Santos, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (11). Haddad disputa o segundo turno ao governo de São Paulo com Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O primeiro compromisso dele foi às 10h20, na Praça Mauá, no Centro de Santos, onde encontrou militantes e membros dos movimentos sociais do partido. Ele tomou um café em um tradicional comércio do centro e, em seguida, concedeu entrevista à imprensa.
O candidato avaliou o primeiro debate do segundo turno das eleições que ocorreu, na noite de segunda-feira (10), entre ele o candidato Tarcísio. O encontro foi realizado pela Band, na Zona Sul da capital paulista.
“A gente deixou muito clara a diferença de propostas. Com relação a Sabesp, eu quero fazer parcerias com o setor privado, mas sem perder o controle acionário da companhia. Acho que a perda do controle vai causar um grande prejuízo à população mais pobre de São Paulo, que não vai conseguir suportar pagar mais uma conta de serviços públicos”, disse ele.
Haddad em agenda de campanha em Santos, SP — Foto: Daniela Rucio
Haddad citou as parcerias que pretende realizar com os terminais portuários na Baixada Santista. “Podemos fazer as parcerias em relação aos terminais, mas não podemos perder o controle da autoridade portuária. Porque um grupo pode monopolizar o porto e trazer prejuízo para um ramo das atividades”, explicou.
Os jornalistas questionaram o candidato sobre a questão da segurança na região. Haddad diz que discorda da proposta apresentada por Tarcísio. “Do meu ponto de vista, a ideia de tirar a câmera dos uniformes [dos policiais] vai trazer um prejuízo muito grande. Nós tivemos uma queda de letalidade de policiais no Estado de São Paulo graças a essa iniciativa. Negar as evidências é muito ruim”, falou.
Sobre a saúde, ele destacou a vacinação e disse que o candidato a presidência Jair Bolsonaro é contra as campanhas. “O Bolsonaro é contra. Você tem que fazer campanhas para vacinação. A questão da poliomielite, que é a paralisia infantil, está com 50% das crianças vacinadas. Nessa época do ano, a gente já estaria com mais de 90%. Resultado disso é abrir espaço para a volta da doença”.
Na área da educação, o candidato disse que é contra o homeschooling e que as crianças devem frequentar a escola de forma presencial. “A criança tem que socializar e esse ambiente é importante para ela se portar em sociedade. Nós queremos ampliar o tempo de permanência na escola, desde a creche com período integral e no ensino médio, permitindo que ele saia com uma profissão”, disse.
Haddad faz campanha em Santos, no litoral de São Paulo — Foto: Daniela Rucio
Questionado sobre o baixo índice de votação no interior do estado de São Paulo, Haddad disse que as propostas do seu plano de governo dialogam com o interior. Mas, segundo ele, só propostas não bastam.
“Temos que combater o fakenews. Tem uma ação de guerra santa, que está sendo criada artificialmente no país, e isso às vezes leva as pessoas ao erro. O Brasil não precisa de uma guerra, nós precisamos aprender a lidar com as diferenças e respeitar”, falou ele.
Após a coletiva de imprensa, o candidato do PT participou da primeira edição do jornal da TV Tribuna, filiada da Rede Globo na Baixada Santista e Vale do Ribeira e concedeu entrevista ao Jornal A Tribuna.
Ainda dentro dos compromissos, às 14h, o candidato deverá se encontrar com vereadores e lideranças. Em seguida, Haddad será recebido pelo prefeito Rogério Santos, na Prefeitura de Santos.
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