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A execução não teve horário divulgado. Segundo a imprensa americana, pode ocorrer entre a meia-noite desta quinta e as 6h de sexta (26).
Ainda há uma instância que pode decidir o futuro de Smith: a Corte de Apelações do 11º Circuito, na Justiça Federal.
Na terça-feira (23), a defesa de Smith afirmou à Corte que ele está vomitando muito e que isso aumenta o risco de complicações. No dia seguinte, o juiz encarregado do caso afirmou, ao ser ouvido pela Corte, que isso não muda nada e que esse não é motivo para interromper a execução.
Sem uma decisão, o Alabama irá prosseguir com a pena de morte para Smith.
Os advogados do condenado afirmam que o Estado está usando o cliente deles em uma execução experimental, como cobaia, e que o plano de usar uma máscara coloca o homem em risco de ele se engasgar no próprio vômito ou ter uma morte dolorida.
Ele já argumentou na Justiça que seria inconstitucional tentarem executá-lo uma segunda vez, mas a Suprema Corte rejeitou esse argumento.
Estado do Alabama, nos EUA, deve executar homem com método considerado cruel
As injeções letais são o método mais comum de execução nos EUA, mas agora alguns estados onde há pena de morte têm enfrentado dificuldade para encontrar as drogas.
A primeira morte por injeção letal nos EUA aconteceu em 1982. Desde então, nenhum novo método foi introduzido.
Nesse método novo, o condenado vai usar uma máscara que serve como um respirador, que cobre a boca e o nariz. Essa máscara está ligada a um cilindro de ar que tem apenas um tipo de gás, o nitrogênio. Dessa forma, o condenado não recebe oxigênio em seu pulmão.
Os estados do Alabama, Mississippi e Oklahoma autorizaram esse método de execução, mas essa é a primeira vez que a asfixia por nitrogênio vai ser efetivamente usada.
Na Justiça federal, a discussão é em torno da humanidade e os riscos desse método. Na Constituição dos EUA há a proibição a punições cruéis e incomuns.
Os advogados de Smith dizem que ainda há muitos fatores desconhecidos e que pode haver problemas. O advogado Robert Grass afirmou que essa é a primeira vez que isso será usado e “não há informações sobre o que vai acontecer exatamente e como a ação vai se dar”.
Segundo o estado, o gás vai fazer com que Smith perca a consciência em segundos e vai morrer em minutos.
Smith e um outro homem foram condenados pelo assassinato encomendado da esposa de um pastor, em 1988. O assassinato aconteceu em uma pequena cidade no Alabama.
John Forrest Parker, o outro homem condenado pelo assassinato, foi executado em 2010.
Os promotores afirmaram que ele e o outro homem receberam US$ 1.000 para matar Elizabeth Sennett a pedido do marido dela, que estava endividado e queria receber o dinheiro do seguro de vida da mulher.
Elizabeth tinha 45 anos. Ela foi encontrada morta em 18 de março de 1988 em sua casa com oito perfurações no peito e uma de cada lado do pescoço, de acordo com o legista. Seu marido, Charles Sennett Sr., se suicidou quando a investigação o identificou como suspeito.
Por: G1
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