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O caso abriu um tímido debate na Rússia sobre a pertinência da política de concessão da graça presidencial, defendida pelo Kremlin.
Nikolai Ogolobiak foi condenado a 20 anos de prisão em 2010, acusado de integrar uma seita satanista que assassinou adolescentes.
Os corpos das vítimas foram cortados em pedaços e comidos pelos assassinos. Obolobiak voltou para casa no início de novembro, após cumprir seis meses de serviço no front ucraniano, segundo o portal de notícias 76.ru.
As famílias das vítimas descobriram por acaso que ele tinha sido perdoado, depois que ele voltou para casa.
O governo russo, questionado mais uma vez sobre o assunto na quarta-feira (22), disse que não prevê qualquer mudança.
“A questão não é nova”, observou o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, “mas repito, são condições específicas [de perdão presidencial], ligadas à presença na linha do front, a uma certa duração no combate, à participação em grupos de assalto”, explicou, acrescentando que “não haverá revisão” da política.
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Antes de Ogolobiak, o perdão do ex-policial Sergei Khadzhikurbanov também gerou debate.
Khadzhikurbanov foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da jornalista Anna Politkovskaya, em 2006. Ela trabalhava para o jornal independente Novaya Gazeta e era uma crítica do governo de Vladimir Putin.
A morte da jornalista, que foi assassinada a tiros em Moscou em 7 de outubro de 2006, dia do aniversário do presidente russo, é um dos assassinatos de maior repercussão da era Putin, que está no poder na Rússia desde 2000.
Dezenas de milhares de presos russos juntaram-se ao front na Ucrânia, contratados por grupos paramilitares como o Wagner. Se sobrevivem a seis meses de combates, eles podem ser agraciados.
Esses homens costumam servir nas áreas mais perigosas do conflito e, como admitiu o falecido chefe de Wagner, Yevgeny Prigozhin, eram usados como ‘bucha de canhão’.
Por: G1
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