“O brasileiro disse que se tratava de um caso urgente. Por isso, deixaram que ele subisse ao Consulado. É um andarilho em situação de rua, mas tinha uma aparência normal. Não tinha os documentos necessários para a emissão de um passaporte. Quando ouviu uma negativa, entrou em transe. Uma coisa impressionante. Ficou muito agressivo. Foi um triste caso de surto psicótico”, contou à RFI o cônsul brasileiro em Buenos Aires, Denis Fontes de Souza Pinto.
Por volta das 11 da manhã desta segunda-feira (20), o brasileiro entrou no Consulado, exigindo um passaporte porque “precisava fugir para outro país por estar sendo perseguido no Brasil”. O homem, de 42 anos, tinha a carteira de identidade brasileira, mas nenhum dos demais documentos necessários para a emissão de um passaporte. Também não tinha dinheiro para cobrir os gastos do documento.
“A história não fazia sentido. No começo, ele dizia que era americano, depois italiano. Não era nada disso. É brasileiro. Fora de si, ameaçou ‘quebrar a cara’ do funcionário. O nosso medo era que ele quebrasse o vidro que separa o público dos funcionários. Não podemos afirmar que o que ele dizia corresponde à realidade. A Polícia mesmo nos disse isso”, relata o cônsul brasileiro.
Do lado de fora do Consulado, a Polícia Federal ativou o protocolo de emergência. Do lado de dentro, dois psicólogos tentavam convencer o homem a se acalmar e a se entregar.
A imprensa argentina divulgou que o homem estava armado e que o edifício do Consulado chegou a ser evacuado. Nenhuma das duas informações é correta.
“A Polícia Federal tem uma equipe de psicólogos que são muito eficientes. Realmente, dois desses psicólogos ficaram conversando com ele e convenceram-no de descer sozinho, sem necessidade de forçar nada. Saiu com a Polícia”, explica Denis Fontes de Souza Pinto.
Segundo a Polícia, o brasileiro chama-se Carlos Tunissi. Ele foi convencido a se entregar às autoridades argentinas.
“No passado, havia muito mais desses casos. Antes da pandemia, qualquer um subia ao Consulado (no quinto andar). Agora é necessário um agendamento que funciona como uma triagem”, descreve o cônsul brasileiro em Buenos Aires.
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Por: G1
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