Um homem de 54 anos foi socorrido em estado grave para um pronto-socorro de São Vicente, no litoral de São Paulo, após levar aproximadamente 50 ferroadas de abelhas. Segundo apurado pelo g1 nesta quarta-feira (6), ele estava em um conjunto habitacional no bairro Humaitá no momento do ataque.
O caso ocorreu quando a vítima estava sentada em um campo no interior do conjunto. Em determinado momento, alguns homens se aproximaram e foram cortar uma árvore. Eles não viram a colmeia e, com isso, o enxame se agitou e atacou a vítima.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local e conduziu o homem ao Pronto-Socorro (PS) do Humaitá, ainda consciente. Ele ficou sob os cuidados da equipe médica da unidade de saúde.
Questionada sobre o estado de saúde do paciente, a Prefeitura de São Vicente afirmou que os profissionais de saúde são proibidos de dar informações.
Ao g1, o médico alergista e professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) Fabrício Afonso afirmou que uma pessoa pode ter reações locais inflamatórias dolorosas, mas sem complicações maiores. Se existe suscetibilidade à alergia, seja por questões genéticas ou exposição prévia, as reações podem ser mais extensas.
O paciente pode desenvolver urticária, inchaço nos lábios e pálpebras ou até mesmo anafilaxia – forma mais grave de alergia. O choque anafilático é o estágio terminal da condição e ocorre antes de uma eventual parada cardiorrespiratória, que pode evoluir para a morte.
“Se o indivíduo sabe que tem o quadro alérgico simples, deve tomar algum cuidado com exposições em ambiente de praia, no campo, com alimentos, odores, fragrâncias […] Odores adocicados e florais são chamariz [chamam a atenção]”, disse o especialista.
Quando o paciente leva muitas ferroadas ao mesmo tempo, há uma reação por excesso de toxinas liberadas na corrente sanguínea, caracterizando o que o médico chamou de “processo inflamatório brutal”.
Se a pessoa já levou uma ferroada e sabe que tem reações leves, deve levar consigo ao menos um antialérgico. Se teve reações graves, um dispositivo de adrenalina autoinjetável. Consultar um alergista periodicamente também é muito importante.
Em casos mais graves, a orientação é deitar no chão com as pernas para cima – para aumentar o fluxo de sangue ao cérebro – e acionar socorro. O ímpeto de tirar o ferrão deve ser contido, pois ligada a ele está a parte terminal do abdômen da abelha, que concentra o veneno. Tente puxar o ferrão de baixo para cima sem espremer com auxílio de algum objeto.
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