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Imagens mostram passo a passo da mãe que sumiu com o filho após tirá-lo das mãos da avó; veja a ação

today24 de maio de 2024 10

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O menino, de cinco anos, desapareceu após ser levado em 23 de abril. No dia seguinte, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão do menor. Conforme decisão judicial provisória, a guarda da criança é compartilha entre o pai e a avó paterna (leia mais abaixo)

Os homens que auxiliaram a fuga da mulher foram identificados como Erivan Francisco da Silva, de 41 anos, e Maxwell Vegner Martins Nunes, de 38. A delegada Natalia Santos Batista Marcelino, que presidiu o inquérito policial, avaliou que ambos tinham conhecimento de que ela subtrairia o filho “de maneira escusa [evasiva] e violenta”.

De acordo com as investigações, Maxwell foi o motorista contratado para levar a mulher até o filho e, logo depois, à cidade de destino escolhida por ela. Erivan, por sua vez, aparece no vídeo de camiseta azul. Segundo o pai da criança, Eduardo Cassiano, esse seria um ex-cunhado da mãe do menino.



Entenda o passo a passo de como a mulher levou o filho à força:

➡️Às 7h47, Erivan passou em uma moto pela rua do prédio onde o menino morava com a avó paterna.

➡️Erivan encostou a moto ao lado do carro para conversar com a mulher e Maxwell. Eles gesticularam e apontaram para a direção do prédio onde o menino sairia.

➡️Em seguida, o ex-cunhado estacionou a moto e voltou a pé. Ele abriu a porta de trás do carro e continuou a conversa com a mulher e o motorista. Depois, Erivan se afastou e ficou andando nas proximidades do veículo.

➡️Às 8h, a avó saiu com o menino para levá-lo a escola, sendo surpreendida pela mãe dele. A mulher, vestida de vermelho, saiu do carro, pegou o filho pelo braço e ele chegou a cair. Ela o arrastou e, depois, levantou-o no colo, seguindo até o veículo. “A criança se jogava e gritava: ‘Vovó, vovó'”, disse o pai.

Mãe sumiu com o filho após ser filmada tirando-o das mãos da avó em Santos (SP) — Foto: Arquivo pessoal

➡️Assim que a mulher saiu do carro, Maxwell fechou a porta do passageiro e abriu a de trás para que a mãe conseguisse entrar com o filho.

➡️Quando a mulher retornava ao carro, Erivan se aproximou. Ele ficou entre ela e a avó do menino, impedindo que a idosa se aproximasse do neto.

➡️Depois, o motorista levou a mãe e o filho para cidade de destino escolhida por ela. Enquanto isso, Erivan ficou no local conversando com as testemunhas e com a própria idosa.

➡️A mulher não foi mais vista com a criança e é investigada pela Polícia Civil. Maxwell e Erivan foram indiciados por ajudá-la a subtrair o menor.

Eduardo procura o filho, que foi levado à força pela mãe, que não tem a guarda. — Foto: Reprodução/TV Tribuna e Reprodução

O pai do menino, Eduardo Cassiano, de 50 anos, contou ao g1 que ele e a avó da criança viveram um mês de angústia sem notícias do filho. O homem, inclusive, precisou ser afastado do trabalho como assistente de transporte rodoviário.

Eduardo disse acreditar que o menino não está indo para escola e praticando esportes, como costumava fazer quando estava em casa. “Eu juro que eu não sei o que ela pretende com isso. Vai viver foragida com uma criança de cinco anos? Tirou totalmente a criança da rotina”.

Ele afirmou ainda que não teve mais contato com a mulher desde o desaparecimento, mas acredita que ela não conseguiu sair do Estado de São Paulo por conta do mandado de busca e apreensão do menor, que foi expedido pela Justiça em 24 de abril.

“Eu sei que para ele deve ser importante o convívio com a mãe. Então, se ela me ligasse e quisesse conversar, eu até a ajudaria nas questões judiciais para não ser presa ou alguma coisa para ela voltar a conviver com o filho de forma normal”, finalizou ele.

O pai e a avó paterna estão com o menino há três anos. Eles obtiveram a guarda compartilhada provisória em 25 de janeiro após Eduardo entrar com a ação de regulamentação, com pedido de tutela antecipada, porque a mãe da criança havia ameaçado levar o filho para Aracaju (SE).

A mãe só tem autorização da Justiça para vê-lo com supervisão. Ela, inclusive, alega que resolveu tomar o filho à força após ser proibida de visitá-lo pelo pai e avó paterna do menino. Entretanto, Eduardo informou ao g1 que a mulher podia ver o filho quando quisesse.

“Eu ia passar só o dia com ele e ia devolver de noite […]. Eu não vou mais devolver [o menino], ele é meu filho. Só [vou devolver] se a justiça vier e tomar”, afirmou a mãe da criança.

Ela se recusou a dizer à equipe de reportagem onde está com o filho, mas afirmou que o menino está bem. “Ele ficou um pouco assustado porque não tinha visto que era eu. Depois, ele ficou muito calmo e nem fala dele [pai]. Ele fala de mim e da avó [paterna]”, disse ela.

Pai teme pelo bem-estar do filho após mãe tirá-lo à força das mãos da avó em Santos (SP) — Foto: Arquivo pessoal e Reprodução

A Justiça expediu o mandado de busca e apreensão do garoto na tarde do dia 24 de abril. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que os policiais realizam investigações para localizar o menor e esclarecer o ocorrido.

A Polícia Civil identificou dois homens que ajudaram a mulher. Maxwell Vegner Martins Nunes, de 38, é o motorista contratado para levar a mãe até o filho e, logo depois, à cidade de destino escolhida por ela. Já Erivan Francisco da Silva, de 41, é o que aparece de camiseta azul ao final do vídeo e seria um ex-cunhado dela.

Anteriormente, a Polícia Civil estava tratando as investigações como subtração de incapaz. Conforme apurado pelo g1, a corporação avaliou que já é cabível tratar o ocorrido como cárcere privado – deter, ou prender alguém indevidamente e contra sua vontade.

Segundo o inquérito policial, os dois homens foram indiciados por subtração de menor e por privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado.

Mesmo sem a guarda da criança, a vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Praia Grande (SP), Natália Bezan Xavier Lopes, e o advogado Octavio Rolim explicaram ao g1 que não se trata de um crime de sequestro porque não houve interesse em obter vantagem da vítima.

“O que temos é a subtração de incapaz. [De acordo com o Código Penal,] ela pode ser presa [e pegar pena] de dois meses a um ano […]. Podendo ainda haver um pedido de dano moral dependendo dos transtornos”, disse Natália.

Com o objetivo de não devolver a criança, o advogado Octavio explicou que a pena aumenta. “Se a finalidade dela é colocar em um lar de forma permanente e ali constituir a vida, ou seja, dar um outro lar para essa criança e tirar de quem tinha a guarda efetivamente, o crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tem uma pena maior que é de 2 a 6 anos“, disse ele.

Se o menor não sofreu maus-tratos ou privações, a Natália afirmou que a Justiça pode deixar de aplicar a pena. De qualquer forma, a mulher deve ser multada por descumprimento de ordem judicial de guarda e visitação, conforme está previsto no ECA.

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Por: G1

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