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Incêndio que atingiu galpões com produtos da Receita Federal em Santos entra em fase de rescaldo; ainda há risco de desabamento

today21 de fevereiro de 2024 2

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Em entrevista à repórter Marcela Pierotti, da TV Tribuna, afiliada da Globo, o tenente dos bombeiros Moreira Lima disse que a situação está bem mais calma e controlada.

“Não há risco de propagação [do fogo]. E, hoje [quarta-feira], a gente conseguiu debelar todas as chamas. Estamos entrando em processo de rescaldo”, afirmou.

O Corpo de Bombeiros informou que, por volta de 6h40, ainda havia focos de incêndio na Rua Dr. Cochrane. Na outra frente de trabalho, situada na Rua Aguiar de Andrade, o trabalho de rescaldo começou antes.



Incêndio queimou produtos da Receita Federal armazenados no local — Foto: Marcela Pierotti/TV Tribuna

De acordo com o Corpo de Bombeiros, houve o desabamento parcial de parte da estrutura da edificação. Ainda há novos riscos de desabamento.

Segundo o tenente Moreira Lima, os agentes usarão um maquinário nesta quarta-feira para revirar os produtos tomados pelas chamas e debelar eventuais focos. Na sequência, eles encaminharão o material a um local apropriado.

“A gente vai revirar todo aquele material para conseguir retirar tudo e ir apagando o que tiver ainda possibilidade de ter reignição”, afirmou.

Incêndio de grandes proporções atinge armazém em Santos, no litoral de SP

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O incêndio começou, por volta de 23h40 de domingo (18), no Centro de Santos. A Dínamo Inter Agrícola informou que o incêndio atingiu um dos armazéns de carga geral da empresa, que era usado para armazenar produtos apreendidos pela Receita Federal. Os bombeiros foram até o local depois que os sistemas de alarme dispararam.

Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos dois galpões foram atingidos, mas esse número pode aumentar já que alguns espaços são interligados e outros foram afetados por caloria irradiada.

“Como houve colapso de paredes, ainda não há certeza de quantos galpões foram envolvidos. Isso conseguirá ser observado posteriormente, na hora em que se abrirem os projetos de segurança contra incêndio, plantas, ou até vistoria no local para definir o total de galpões atingidos”, afirmou o capitão Thiago Duarte.

Galpões foram atingidos por incêndio no Centro de Santos (SP) — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna e Marcela Pierotti/TV Tribuna

Por volta das 15h30 de segunda-feira, uma retroescavadeira quebrou a parede do galpão. Segundo apurado pela repórter Thais Rozo, da TV Tribuna, afiliada da Globo, a ação serviu para que o resfriamento seja direto nos focos. Dessa forma, os bombeiros conseguem jogar água diretamente nos focos e não por cima.

“A Dínamo reitera que nenhum funcionário ficou ferido e que não houve vítimas. A empresa está colaborando integralmente com as autoridades para esclarecer os fatos e garantir a segurança de todos os seus colaboradores, clientes e comunidade”, disse, por meio de nota.

A empresa informou ainda que tem seguro da unidade armazenadora e que as medidas cabíveis junto aos órgãos competentes já estão sendo tomadas para investigar a causa do incêndio.

Sem auto de vistoria dos bombeiros

O AVCB é o documento que atesta que a edificação está de acordo com a legislação estadual de prevenção contra incêndio e pânico, além de garantir que medidas de segurança estão instaladas.

Caso a edificação não possua AVCB, e for submetida a uma fiscalização do Corpo de Bombeiros, o proprietário será advertido, e terá um prazo de 60 dias para se regularizar. Depois deste prazo, caso ocorra uma nova fiscalização, o local será multado. Em caso de incêndio ou pânico, essas medidas visam garantir a segurança dos ocupantes do local, evitando tragédias.

Em nota, sobre a falta do AVCB nos galpões atingidos, a Dínamo Inter-Agrícola afirmou ao g1 que está auxiliando os levantamentos realizados pelos órgãos envolvidos, seja em contato diário com as autoridades ou através de documentos que possuam os dados necessários para o esclarecimento do caso.

“Todas as cláusulas de guarda foram fielmente respeitadas e [a Dínamo Inter-Agrícola] segue colaborando com as autoridades”, disse a empresa, por nota.

Fogo tomou conta de depósito com produtos da Receita Federal em Santos (SP) — Foto: Matheus Croce/TV Tribuna

Há interdição total do acesso à Rua João Pessoa junto à Avenida Perimetral devido ao trânsito para o cais. O transporte público está seguindo até o Valongo e fazendo retorno na Praça Barão do Rio Branco e, depois, Rua Senador Feijó.

Por meio de nota, nesta quarta-feira, a Prefeitura de Santos informou que os bloqueios permanecem. A Defesa Civil fará a avaliação do sinistro após a conclusão dos trabalhos do Corpo de Bombeiros.

Na tarde da última terça-feira, o órgão municipal compareceu ao local e avaliou parte da estrutura. O coordenador de riscos do órgão municipal, Paulo Ricardo Silveira Domingues, disse ao repórter Matheus Croce, da TV Tribuna, que a equipe está procurando agir a favor da segurança.

“Como o tempo de fogo foi grande, a temperatura é alta, tinha muito material combustível, a gente não conhece a tipologia da construção, fica muito difícil a gente precisar”, avaliou.

Com o incêndio, os moradores do bairro ficaram sem energia. Em nota na tarde da última terça-feira, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Piratininga informou que parte dos clientes já haviam sido restabelecidos.

“Um trecho da rede de distribuição permanece desligado por segurança, até a liberação pelas autoridades responsáveis. Equipes da concessionária seguem apoiando o trabalho do Corpo de Bombeiros no local”, afirmou.

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Por: G1

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