Petróleo, gás natural, grãos, brinquedos, eletrônicos e outros produtos que geralmente são levados até a Europa em cargueiros que atravessam o Canal do Suez podem demorar mais para chegar. Cerca de 12% do comércio global passa pelo canal, segundo a Associated Press.
Os navios da BP, uma das maiores empresas de transporte de petróleo do mundo, estão dando a volta no continente africano para evitar o Mar Vermelho.
Na ponta sul do Mar Vermelho fica o Golfo de Aden. Por lá, há passagem intensa de navios com destino ao Canal do Suez, que fica na ponta norte do Mar Vermelho. Essa é a principal rota entre a Ásia e a Europa.
Cerca de 40% do comércio entre os dois continentes passa pela área. Diversos tipos de produtos são transportados dessa forma, mas o principal é petróleo. Segundo a plataforma de agendamento de cargas Freithtos Groups, mais de 1 milhão de barris de petróleo passam pelo Canal de Suez por dia.
Grandes empresas de de transporte, incluindo a Maersk, estão evitando o Mar Vermelho e enviando seus navios ao redor da África e do Cabo da Boa Esperança. Por causa disso, as viagens ficam mais demoradas (de uma a duas semanas, na média) e mais caras.
Pelo menos 90% dos navios que levam contêineres que costumavam atravessar o Canal de Suez agora estão seguindo rotas ao redor da ponta da África, afirmou Simon Heaney, gerente sênior de pesquisa de contêineres da Drewry, uma consultoria de pesquisa marítima.
O custo de transporte de um contêiner padrão da China para o norte da Europa aumentou de U$ 1.500 (R$ 7.300) para U$ 4.000 (R$ 19,5 mil), de acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial na Alemanha. É uma alta de 166%. Ainda é menos do que os $ 14.000 (R$ 68 mil) que eram cobrados na época da pandemia.
Por causa dos atrasos, houve uma queda de 1,3% no comércio mundial em dezembro.
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Por: G1
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