Justiça condena oito pessoas que trabalhavam no Porto de Santos, SP, por tráfico internacional de drogas — Foto: Divulgação/Polícia Federal e Robert Alves/Marine Traffic
A 5ª Vara Federal de Santos, no litoral de São Paulo, condenou oito ex-trabalhadores do Porto de Santos (SP), entre cinco e oito anos de prisão, por tráfico internacional de drogas. A decisão é do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, e foi tomada na última segunda-feira (17), após uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo apuração da TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo, as investigações começaram em maio de 2020, quando três estivadores – que fazem parte dos oito condenados – foram presos em flagrante por transportarem, no total, 12 kg de cocaína presos ao corpo. Os outros cinco foram identificados posteriormente.
Na época, o trio usava casacos grossos e, segundo documento da decisão judicial obtido pelo g1, entrava e saía do vestiário de um terminal do Porto de Santos (SP) “mais vezes que o normal”. A atitude chamou a atenção de agentes da Polícia Federal (PF), que abordaram os três homens.
Drogas estavam presas no corpo dos estivadores por cintas abdominal e blusas de lycra — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Após a abordagem, foi constatado que cada um dos integrantes carregava uma determinada quantidade da droga. As substâncias ficavam presas junto aos corpos dos homens por cintas abdominais e blusas de lycra. Segundo a investigação, o entorpecente era colocado em um navio com destino à Europa.
Ainda de acordo com a decisão judicial, durante interrogatório, um dos estivadores informou a PF que o grupo ganhava R$ 5 mil por cada tablete entregue. Na sequência, a corporação instaurou a investigação para desvendar o esquema por trás do transporte de drogas no Porto de Santos.
A investigação apontou a participação de oito trabalhadores portuários no esquema. O citado documento indica ainda que, apesar de apenas alguns integrantes fazerem parte do transporte da droga, os demais estavam inclusos no crime por meio de comandos operacionais, como a determinação da quantidade, data e local para a entrega dos entorpecentes.
Prisão em flagrante dos três estivadores foi registrada na Delegacia da Polícia Federal em Santos, SP — Foto: João Paulo de Castro/G1
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