29 de abril – Imagem aérea de Irpin, na Ucrânia, mostra a destruição de edifícios residenciais causados pela invasão russa — Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters
A Rússia lançou o que chama de operação militar especial na Ucrânia porque suas preocupações com os acordos de paz entre Kiev e os separatistas apoiados pela Rússia foram ignoradas, disse o porta-voz do Kremlin, segundo agências de notícias russas, neste domingo (11).
O presidente Vladimir Putin lamentou esta semana o fracasso em implementar os acordos de Minsk, que são acordos de cessar-fogo e de uma reforma constitucional entre Kiev e forças separatistas apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia negociados em 2014 e 2015 por Rússia, França e Alemanha, no início do conflito com a Ucrânia.
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia se acusam mutuamente de violar o acordo.
Questionado por um jornalista se a Rússia entendeu que estava sendo “enganada” sobre os acordos de Minsk, o porta-voz Dmitry Peskov disse: “Com o tempo, é claro, tornou-se óbvio.
“E, novamente, o presidente Putin e nossos outros representantes constantemente diziam isso”, disse Peskov à agência de notícias TASS. “Mas tudo isso foi ignorado pelos outros participantes do processo de negociação. Isso tudo é precisamente o precursor da operação militar especial.”
Putin foi questionado na sexta-feira sobre os comentários da ex-chanceler alemã Angela Merkel, uma das patrocinadoras dos acordos, que disse à revista Zeit em uma entrevista publicada na quarta-feira que o acordo de 2014 foi “uma tentativa de dar tempo à Ucrânia” usado para se tornar mais capaz de se defender.
A mídia e os políticos russos rapidamente interpretaram isso como uma traição da parte de Merkel.
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