Os destroços da Lancha Valongo I, que encalhou em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, há 13 meses, continuam expostos na Ponta da Praia Norte. Segundo marinheiro de máquinas Lugui Maciel, que é morador da cidade e caminha com frequência pelo local, a situação parece não incomodar os banhistas que costumam parar e registrar imagens. “Já virou um ponto turístico para as fotos”, disse.
A embarcação encalhou em outubro de 2021, enquanto era levada para ser reformada em Guarujá, também no litoral de SP. O Departamento Hidroviário afirmou que o contrato com a empresa responsável pela retirada da embarcação foi rescindido após o não cumprimento do serviço e estudos são feitos para retirá-la.
A imagem acima, feita no último domingo (6) por Maciel, mostra que boa parte da embarcação está debaixo da areia. O morador explica que frequentemente caminha pelo local para coletar lixo plástico e sempre consegue notar a lancha, com exceção nos dias de maré alta, quando ela é coberta pela água.
Lancha de travessia de balsas que encalhou em praia de Ilha Comprida, no litoral de SP, virou atração turística — Foto: Lugui Maciel
Nove dias depois, o Departamento iniciou o escoamento da água para a retirada da lancha. A operação começou às 5h, com 22 funcionários, trator e guincho. No entanto, tanto o DH, quanto a empresa contratada não conseguiram removê-la e a embarcação continuou no local.
Embarcação encalhou em 22 de outubro de 2021 em Ilha Comprida, SP — Foto: g1 Santos
Na época, a empresa contratada para a retirada aguardava condições marítimas adequadas para realizar a remoção. O plano do DH consistia no encaminhamento da embarcação até o Flutuante da Juréia após a retirada. No local, a lancha passaria por uma verificação subaquática das condições do casco e estrutura e, caso necessário, passaria por manutenção.
Maciel afirma ter feito parte da tripulação que levou a embarcação de Cananéia ao estaleiro de Iguape para a reforma. Ele explica que, como estava com pouca areia do mar na época das tentativas de desencalhe, o procedimento foi sem sucesso.
Para o marinheiro, na situação em que a embarcação se encontra dificilmente será possível remover os restos da lancha. “Com mais um tempo, a embarcação se enterrará na areia e não teremos mais vestígios. Mais um barco que a areia do mar engole”, disse.
DH ressalta que a embarcação não causa impacto aos banhistas e ao meio ambiente — Foto: Arquivo pessoal/Marcelo Ferreira
O Departamento Hidroviário
Em nota, o DH informou que a empresa que venceu a licitação para executar a reforma, adequação, modernização, traslado e lançamento da embarcação Valongo I não executou o serviço e terá que ressarcir o Estado com uma nova lancha [equivalente à que está submersa na Ilha Comprida], além de retirá-la do local.
Segundo o DH, o contrato foi rescindido e estudos estão sendo feitos para que a empresa resolva o caso. “Vale ressaltar, ainda, que houve várias tentativas para remover a Valongo do local, todas elas informadas à Marinha do Brasil através de planos de desencalhe”, explicou o Departamento.
O DH ressaltou que permanência da embarcação no local não causa impacto aos banhistas e ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, o órgão diz que está em tratativas para a retirada dos restos da lancha. “Quanto à reposição do bem público, seguem os procedimentos para apuração dos prejuízos, que serão apresentados para retirada e indenização por parte da empresa”, finaliza a nota.
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Por: G1
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