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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (13), durante evento do G20 em Brasília, que “não convém” um mundo marcado por conflitos, protecionismos e destruição ambiental, pontos que podem gerar instabilidade geopolítica no planeta.
Lula deu a declaração durante um encontro com representantes dos países do G20, realizado no Palácio Itamaraty, em Brasília. O Brasil preside até novembro de 2024 o grupo formado por 19 países, mais União Europeia e União Africana.
“Não nos convém um mundo marcado pelo recrudescimento dos conflitos, pela crescente fragmentação, pela formação de blocos protecionistas e pela destruição ambiental. Suas consequências seriam imprevisíveis para a estabilidade geopolítica”, disse Lula.
“O Brasil segue de luto com o trágico conflito entre Israel e Palestina. A violação cotidiana do direito humanitário é chocante e resulta em milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças. O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas”, afirmou.
Lula diz que não quer guerra na América do Sul
Lula declarou que, “sem ação coletiva”, as crises “podem multiplicar-se e aprofundar-se”. O combate às desigualdades é fundamental, na avaliação do presidente, para evitar que as crises se agravem. Por isso, a gestão brasileira à frente do G20 terá três eixos:
O presidente lembrou que criou no G20 uma “força-tarefa” contra a mudança do clima e voltou a apontar a necessidade de que investimentos em transição energética.
“É preciso definir princípios básicos sobre o uso sustentável de recursos naturais para a geração de bens e serviços de alto valor agregado. O acesso a tecnologias é fundamental não só para uma transição energética justa, mas também no campo digital”, afirmou.
Lula criticou a dificuldade para que os países recebam recursos para financiar preservação ambiental e desenvolvimento sustentável e cobrou, mais uma vez, que instituições financeiras modifiquem suas políticas internas.
“Queremos encorajar instituições financeiras internacionais a cortarem sobretaxas, aumentarem o volume de recursos concessionais e criarem fórmulas para reduzir riscos. Precisamos de um regime mais equitativo de alocação de direitos especiais de saque. Hoje, os que mais precisam são os que menos recebem, o que agrava as desigualdades entre os países”, declarou.
Por: G1
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