Segundo a revista, Lula disse a Mujica que precisava dele como intermediário. Os dois se reuniram no dia 7 de dezembro, no Rio de Janeiro.
Naquele dia, Mujica estava no Brasil para participar de um encontro na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Enquanto isso, Lula estava no Rio para a cúpula do Mercosul. Os dois são amigos de longa data.
De acordo com a Búsqueda, o brasileiro pediu a ajuda de Mujica justificando que a relação da Argentina com o Brasil não pode se deteriorar.
“Para o Uruguai é fundamental que isso não ocorra. Está tudo bem em buscar mercados novos, mas também há quem cuide dos que temos, e Brasil e Argentina são fundamentais para nós”, afirmou Mujica.
O ex-presidente uruguaio se mostrou otimista quanto ao assunto e, segundo a revista, disse que “Milei pode ser louco, mas não bobo” e vai precisar do Brasil “o mais próximo possível”.
Durante a campanha presidencial, Milei fez diversas críticas a Lula, chamando o presidente brasileiro de “corrupto”, por exemplo. Além disso, prometeu romper relações com o Brasil e retirar a Argentina de organismos multilaterais defendidos por Lula, entre os quais o Mercosul e o Brics.
Nesse cenário, integrantes do governo Lula passaram a defender a vitória de Sérgio Massa — ministro da Economia durante o governo de Alberto Fernández e que foi derrotado por Milei no segundo turno das eleições.
Quando questionado sobre o tema, Lula disse que não comentaria a eleição no país vizinho, acrescentando que o povo argentino é soberano e que “o Brasil precisa da Argentina e a Argentina precisa do Brasil”.
Quando o resultado foi confirmado, Lula publicou uma mensagem em uma rede social na qual cumprimentou a Argentina e as instituições do país vizinho, mas não mencionou o nome de Milei.
O g1 procurou a assessoria de Lula e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
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Por: G1
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