G1 Mundo

Lula sugere a Alckmin levar premiê japonês a churrascaria para que Japão passe a importar carne do Brasil

today3 de maio de 2024 10

Fundo
share close

O petista deu a declaração ao lado de Kishida, que está no Brasil em visita oficial. Antes de um pronunciamento à imprensa, Lula e o japonês tiveram uma reunião fechada.

A inserção de produtores brasileiros no mercado de carne bovina japonês foi um dos tópicos discutidos no encontro entre Lula e Fumio Kishida.

“Eu não sei o que vocês jantaram ontem [quinta-feira], mas, pelo amor de Deus, se tiverem em São Paulo, Alckmin, você que foi governador do estado, você é o ministro de Desenvolvimento, você é o vice-presidente, leve o primeiro-ministro Fumio para comer um churrasco no melhor restaurante de São Paulo, para que na semana seguinte ele comece a importar a nossa carne”, brincou Lula.



O presidente acrescentou que a carne brasileira é de qualidade e “mais barata” do que a comprada pelos japoneses.

“O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ele faz um churrasco que, se o primeiro-ministro comesse, não ia querer voltar para o Japão”, completou Lula.

Segundo o Palácio do Planalto, o Japão importa 70% da carne bovina que consome e, desse total, 80% é fornecido por Estados Unidos e Austrália. Por isso, o governo brasileiro tem um interesse histórico em entrar nesse mercado.

O Planalto afirma ainda que o Brasil quer ampliar a importação de carne suína para o Japão. Atualmente, apenas o estado de Santa Catarina é habilitado para esse comércio.

Lula afirmou que o fluxo comercial entre Brasil e Japão caiu de cerca de US$ 18 bilhões para US$ 11 bilhões ao ano, cifra que considera aquém do potencial dos dois países.

O presidente também incentivou os empresários japoneses a investirem em transição energética e produção sustentável, na esteira da transformação da indústria para lidar com a crise climática.

“A América do Sul se apresenta como lugar de ouro para investimentos, para discussão da transição energética, para produzir energia limpa que se queira produzir”, disse Lula.

Kishida lembrou que o Japão contribuiu para o Fundo Amazônia e que deseja ser parceiro do Brasil na área ambiental. O primeiro-ministro citou uma parceria verde entre os países para neutralidade de carbono, que envolve biocombustível brasileiro e tecnologia japonesa.

Kishida também destacou que considera os dois países parceiros estratégicos em temas globais e informou que o Japão apoiará as prioridades brasileiros à frente do G20 neste ano.

Lula e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, durante encontro no Itamaraty — Foto: Beatriz Borges/g1

Na abertura da declaração ao lado de KIshida, Lula comentou as chuvas e as enxurradas no Rio Grande do Sul, que mataram, até o momento, mais de 30 pessoas.

“As primeiras palavras do ministro Fumio Kishida da reunião que fizemos foi de solidariedade ao povo do estado do Rio Grande do Sul que está sendo vítima de uma das maiores enchentes que temos conhecimento. Nunca antes na história do Brasil tinha havido uma quantidade de chuva num único local”, disse Lula.

O presidente lembrou que esteve no estado na quinta-feira (2) e reafirmou o compromisso com os esforços para recuperar os estragos.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

o-que-e-cloropicrina,-arma-quimica-da-1a-guerra-que-russia-e-acusada-de-usar-na-ucrania

G1 Mundo

O que é cloropicrina, arma química da 1ª Guerra que Rússia é acusada de usar na Ucrânia

Autoridades do Departamento de Estado americano disseram que a Rússia usou o agente asfixiante cloropicrina para obter “vitórias no campo de batalha” sobre a Ucrânia. A alegação, que as autoridades americanas afirmam não ser um incidente “isolado”, violaria a Convenção sobre Armas Químicas (CWC, na sigla em inglês), que a Rússia assinou. O Kremlin rejeitou as acusações, chamando-as de “infundadas”. Seu porta-voz, Dmitry Peskov, disse a jornalistas em Moscou que […]

today3 de maio de 2024 10

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%