Em mais uma declaração que ameaça a liberdade de expressão, o petista Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a regulação de rádio, TV e internet no Brasil, citando notícias da época em que respondia por seus crimes de corrupção.
Livrado de suas condenações através de manobra do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem maioria de ministros indicados pelo PT, Lula disse que a regulação deve acontecer por meio de um processo de discussão com a sociedade para garantir o “direito de resposta” e o “direito de várias opiniões nos meios de comunicação”.
Contrariando a realidade, Lula disse que a sociedade não irá se “politizar” nem terá “condições de fazer juízo de valores” caso só tenha acesso às mesmas versões da mídia, que em sua maioria tem viés esquerdista.
A declaração foi feita durante entrevista à rádio Educadora de Piracicaba, no interior de São Paulo.
Lula tentou dissociar a ideia de que regulação seria censura, o que de fato é, acusando as empresas de jornalismo de negarem resposta quando sofria com as acusações no âmbito da Lava Jato.
De acordo com ele, durante a operação Lava Jato houve acusações em que não pode se defender na mídia, e que precisou de “muita resiliência para aguentar a quantidade de porrada, para poder provar a inocência”, o que nunca aconteceu de fato.
“Quando a gente fala em censura, vamos ser francos, nós passamos um período em que nenhuma acusação tinha resposta na televisão porque não se permitia. O meu advogado, o [Cristiano] Zanin, entrava com pedido de resposta, simplesmente era negado”, disse.
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