O fluxo de lava está contido principalmente no cume, mas os moradores foram colocados em alerta e avisados sobre o risco de queda de cinzas.
Fumaça é vista saindo do vulcão Mauna Loa, no Havaí, o maior em atividade do mundo e que entrou em erupção pela primeira vez em quase 40 anos. — Foto: BBC
O Serviço Geológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês) disse que a situação pode mudar rapidamente.
O nível de alerta do vulcão também foi atualizado de “advertência” para “alerta” — a classificação mais alta.
Nenhuma ordem para deixar o local foi emitida — e é improvável que áreas povoadas sejam afetadas nesta fase, de acordo com as autoridades de emergência.
O Mauna Loa, localizado dentro do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, cobre metade da ilha. O vulcão se eleva a 4.169 m acima do nível do mar e abrange uma área de mais de 5.179 quilômetros quadrados.
Ele entrou em erupção às 23h30 de domingo (27) no horário local (6h30 de segunda-feira, no horário de Brasília) em Moku’āweoweo, a caldeira do cume do vulcão. As caldeiras são cavidades que se formam abaixo do cume no final de uma erupção.
Isso aconteceu após uma série de alertas de que uma erupção era possível em decorrência da onda de terremotos recentes na região, incluindo mais de uma dúzia de tremores reportados no domingo.
O Mauna Loa, localizado dentro do Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, cobre metade da ilha. — Foto: US Geological Survey/ BBC
Um aviso de queda de cinzas — que pode contaminar o abastecimento de água, matar a vegetação e irritar os pulmões — estava em vigor na área ao redor do vulcão durante a noite, mas já foi suspenso.
“Com base em eventos anteriores, os estágios iniciais de uma erupção do Mauna Loa podem ser muito dinâmicos, e a localização e o avanço dos fluxos de lava podem mudar rapidamente”, diz o USGS.
Se a erupção migrar para além das paredes da caldeira do cume, os fluxos de lava podem “descer rapidamente”, acrescentou o órgão.
De acordo com o USGS, o Mauna Loa entrou em erupção 33 vezes desde 1843. A última erupção, em 1984, enviou fluxos de lava a 8 km de Hilo, a cidade mais populosa da ilha.
Mas a população do Havaí mais do que dobrou desde 1980, chegando a cerca de 200 mil habitantes, e o departamento de defesa civil alertou que os moradores podem enfrentar um “desastre de lava”.
“Esses fluxos de lava raramente representam um risco à vida, mas podem ser extremamente destrutivos para a infraestrutura”, explica Jessica Johnson, geofísica britânica de vulcões que trabalhou no Observatório de Vulcões do Havaí.
Ela alertou que os fluxos de lava representam um risco para Hilo e Kona, outro grande centro populacional, acrescentando que os gases vulcânicos podem causar problemas respiratórios nos moradores.
O Mauna Loa é o maior vulcão ativo do mundo. Existem outros vulcões maiores, mas estes são classificados como adormecidos, o que significa que não entram em erupção há muito tempo, ou extintos, o que quer dizer que é quase certo que não entrarão em erupção no futuro.
O Mauna Loa compartilha a ilha com o Mauna Kea, que é a montanha mais alta do mundo quando medida a partir de sua base submarina, a quase 6 mil metros abaixo da superfície do oceano.
– Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63791672
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Por: G1
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