Yuri Gabriel começou a ter problemas na perna após pular do sofá para o colo do primo e pisar de mau jeito no chão. O membro chegou a ser condenado à amputação, mas foi recuperado no hospital da capital paulista. O pé, no entanto, precisou ser amputado.
Imagens registradas por amigos mostram a fila de funcionários do hospital formada para se despedir de Yuri, que saiu aos gritos de “é campeão” e com muitas bexigas. “Yuri Gabriel nosso guerreiro, nós te amamos”, dizia uma das homenagens.
Yuri teve alta após meses internado no Hospital Albert Einstein — Foto: Arquivo Pessoal
Segundo o pai do menino, Kened dos Santos, a criança foi para casa em Guarujá , deixando a família muito feliz. “Uma gratidão imensa, primeiramente a Deus, a todos os médicos e todos que fizeram orações pelo Yuri”, disse.
Ele relembrou que o filho passou por momentos muito difíceis e tinha um dos quadros mais graves da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do hospital.
“Os médicos se doaram por completo, fizeram um ótimo trabalho. Mas todos reconhecem que o Yuri é um milagre. Muito difícil resistir a tudo que ele passou”, relatou Kened.
Yuri Gabriel recebeu uma comemoração na alta hospitalar — Foto: Arquivo Pessoal
Os custos com tratamento ultrapassaram R$ 3 milhões e a família pediu ajuda pelas redes sociais, ganhando apoio de atletas e influenciadores. Apesar disso, o pai revelou ao g1 que o valor ainda não foi completamente quitado e os familiares seguem recebendo ajuda para cuidar do menino na recuperação em casa.
“Ainda temos que dar continuidade com o tratamento do Yuri com uma série de medicamentos […].Também temos consultas com fisiatra no particular duas vezes na semana”, afirmou Kened. Ele contou ainda que o menino precisa ir para São Paulo com frequência para que os médicos sigam em acompanhamento.
Yuri recebeu mensagens de apoio de várias personalidades, entre elas jogadores do São Paulo FC — Foto: Arquivo pessoal
Yuri Gabriel pulou do sofá para o colo do primo e pisou de mau jeito no chão no dia 27 de julho. Os pais o levaram à UPA de Vicente de Carvalho, em Guarujá, onde fez exames de raios-X e nenhuma fratura foi constatada. Ele foi medicado e liberado. Ainda na cidade, ele passou por ortopedista no Hospital Santo Amaro (HSA), onde a equipe imobilizou a perna dele com uma tala.
Yuri foi para casa e, passado um tempo, começou a sentir dores abdominais e a tala apertada. Ele foi levado de volta ao HSA, onde notaram que o pulmão dele estava comprometido. A equipe retirou a tala e notou a perna fria e inchada. Uma pediatra comentou: ‘temos que amputar”.
Os pais resolveram transferir o filho ao Hospital Israelita Albert Einstein, na capital, onde a circulação sanguínea da perna foi retomada, mas a do pé não.
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