A última parte da etapa do trabalho aconteceu na manhã desta sexta-feira (18) e envolveu uma equipe de quatro mergulhadores e um supervisor. A equipe entrou em um barco e verificou os equipamentos de segurança.
Os mergulhadores receberam as indicações das posições dos bags e desceram com câmeras e equipamento de iluminação. As imagens e os sons foram transmitidos em tempo real para quem estava no barco.
Quando há necessidade de um deslocamento maior, os mergulhadores retornam para o barco até a chegada a outro ponto da estrutura. O estudo não é feito somente no mar. Em terra, uma equipe de topografia faz a leitura da posição dos prismas (estruturas de sinalização na água) para verificar eventuais deslocamentos dos geobags.
Mergulhadores realizam vistoria e identificam avarias em geobags instaladas em Santos — Foto: Isabela Carrari
A equipe de mergulhadores encontrou avarias em dois geobags foram causadas por ação humana. Em um delas foram encontrados restos de rede de pesca e outro foi cortado possivelmente por um arpão. Há suspeita em relação a um terceiro geobag, que perdeu areia.
Os dados coletados pelos mergulhadores, de quarta a sexta-feira, vão compor um relatório detalhando as avarias e, no cruzamento de dados, eventuais danos estruturais ou físicos com relação à movimentação das marés nas luas cheia e nova, de maior interferência na correnteza.
O relatório também terá dados da batimetria, mostrando o total de areia acumulado naquele trecho e se há necessidade de recomposição dos geobags. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o relatório completo de como ficou a estrutura instalada em 2018, incluindo os dados da inspeção com os mergulhadores, deve ficar pronto até dezembro.
O secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório, acompanhou os trabalhos nesta sexta-feira. Segundo ele, além de minimizar os efeitos da ressaca, a instalação dos geobags interferiu diretamente no aumento da vida marinha no local, com a aparição de pequenas lagostas, polvos, tartarugas e garoupas. Para melhor preservar este cenário e a estrutura, a Semam vai instalar placas na Ponta da Praia proibindo temporariamente a caça submarina no entorno dos bags.
Mergulhadores realizam vistoria e identificam avarias em geobags instaladas em Santos — Foto: Isabela Carrari
A estrutura de geobags consiste em uma barreira submersa colocada em formato de ‘L’ a partir da mureta na altura da Rua Afonso Celso de Paula Lima. No trecho, junto à calçada, foi instalada estrutura de 275 metros de comprimento.
Já no mar, em paralelo à praia, outra estrutura tem o objetivo de armazenar areia e recuperar trecho de praia naquela região. Os 49 bags foram preenchidos com cerca de 7 mil metros cúbicos de areia. Cada saco pesa cerca de 300 toneladas.
De acordo com a Prefeitura de Santos, o projeto-piloto para Mitigação e Monitoramento dos Efeitos Erosivos foi desenvolvido pela Unicamp, e é pioneiro no País visando combater a erosão e, como consequência, minimizar os efeitos da ressaca.
Mergulhadores realizam vistoria e identificam avarias em geobags instaladas em Santos — Foto: Isabela Carrari
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