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Com o lema “o país não está à venda”, a paralisação geral foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país, a partir do meio-dia (mesmo horário em Brasília), e a previsão é que dure 12 horas. A Confederação de Trabalhadores Argentinos (CTA), segunda maior central sindical, também aderiu, assim como setores do peronismo.
De acordo com a agência de notícias AFP, dezenas de milhares de pessoas participaram em todo o país.
O governo Milei fez bloqueios para impedir a chegada de manifestantes ao Congresso Nacional. O líder da CGT, Héctor Daer, criticou a proibição ao direito de reunião. O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, disse que a manifestação resulta em prejuízo financeiro para “muitíssimos argentinos”.
A ministra Patricia Bullrich criticou as manifestações em uma rede social . Ela afirmou que o país não para, são “as máfias que param”.
A paralisação dos transportes públicos não é geral: uma das principais viações da cidade de Buenos Aires afirmou que seguirá funcionando.
Manifestantes fazem protesto contra medidas de governo
A cidade de Buenos Aires não é a única onde há paralisação: há protestos também em Mar del Plata e na província de Misiones.
O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, foi ao protesto como manifestante. Kicillof é um político peronista, ele foi ministro de Cristina Kirchner e é um adversário do atual governo da Argentina.
Patricia Bullrich, a ministra da Segurança, o criticou por ter iso ao protesto. Ela afirmou que ele deveria fazer cumprir a lei, não a violar.
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A Argentina vive uma das piores crise econômicas de sua história recente: cerca de 40% da população vive na pobreza e a inflação chegou a 211,4% em 2023, o maior nível desde a hiperinflação de 1990. O governo Milei, que assumiu em 10 de dezembro, diz que as medidas servem para tentar estabilizar a economia, equilibrar as contas públicas e reduzir a inflação.
É a primeira vez desde 2019 que a CGT promove uma paralisação geral — o último foi no governo de Mauricio Macri, de direita. A CGT não promoveu paralisações no governo de Alberto Fernandéz, de esquerda.
O porta-voz do governo de Milei, Manuel Adorni, disse que a população argentina é contra a paralisação e que não se sabe ao certo qual é a motivação dos grevistas. Para ele, a CGT está “do lado errado da história” e que nos últimos anos os trabalhadores perderam liberdade.
“Quem quiser trabalhar deveria poder trabalhar, e quem quiser parar, pode parar, mas sem atrapalhar a vida dos outros”, afirmou ele.
O governo afirmou que vai descontar o pagamento dos funcionários públicos que participarem da manifestação. Isso não acontecerá em todos os lugares; na província de Buenos Aires, que é governada por um político de esquerda, Axel Kicillof, os trabalhadores do Estado que pararem não terão desconto. Kicillof afirmou que vai respeitar o direito de greve.
Por: G1
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