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Moradores ateiam fogo em pneus e protestam contra falta de energia em Mongaguá, SP

today21 de maio de 2024 3

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De acordo com os moradores, a distribuição de energia em todo bairro acontece por meio de ligações irregulares, por falta de assistência da companhia e da administração municipal. O protesto buscou requisitar ações para que a situação do local seja regularizada.

Nas imagens, obtidas pelo g1, é possível ver a barreira armada pelos moradores em chamas, feitas com pneus e lixeiras, impedindo a passagem da equipe policial, que aguarda do outro lado. Nesse momento, a comunidade protesta dizendo: “Queremos pagar luz”

Uma moradora do bairro, que vive no local há mais de sete anos e prefere não ser identificada, conta que os cortes de energia são realizados no local desde 2021, quando um projeto para urbanização da área foi discutido.



Protesto foi realizado no bairro Balneário Cavalo Marinho, em Mongaguá, SP — Foto: Reprodução

Ela conta que foram feitas promessas para adequação da área com a implantação de saneamento básico e distribuição regular de energia, que nada foi realizado.

No início de maio, um protesto foi realizado em frente à Prefeitura de Mongaguá após uma outra ação que provocou cortes de energia no bairro (veja abaixo).

Moradores de Mongaguá realizam protesto em frente à prefeitura

Moradores de Mongaguá realizam protesto em frente à prefeitura

Segundo a moradora, nesta terça-feira (21) foram realizados novos cortes de energia. Por isso, a moradora contou que a comunidade se revoltou com a falta de assistência e realizou o protesto na Avenida Brasil.

“Entra ano e sai ano e a gente continua do mesmo jeito. A gente se revoltou e estamos fazendo o protesto para poder regularizar nossa energia. A gente quer pagar, mas eles não estão dando o meio”, revela.

Em ambas ocasiões, os moradores revelaram que não foram notificados sobre os cortes de energia. “Deixaram o pessoal sem energia, pessoas acamadas, crianças, idosos, pessoas que dependem de galão de oxigênio. [Elas] estão todas no escuro”, disse a moradora.

Após os cortes, ela ainda diz que os moradores ‘são obrigados’ a reestabelecer a energia com novas fiações clandestinas, pois não há iniciativas para regularização do bairro. “Não existe isso. A pessoa vir, tirar da gente, e não dar uma solução. Tem que dar uma solução. Para tudo tem uma solução”.

Segundo apurado pelo g1, os moradores e a equipe policial entraram em um acordo no local, onde ocorria a manifestação, para suspensão do protesto e da operação contra furtos de energia elétrica. Os moradores foram orientados a apagarem o fogo nas barreiras e a deixarem o local.

Ao g1, a Neoenergia Elektro informou que, na manhã desta terça-feira (21), a empresa está prestando apoio às Polícias Militar e Ambiental em uma ação na Comunidade do Areião —como o bairro é conhecido—, em Mongaguá.

A empresa disse que os técnicos da concessionária estão removendo cabos ligados de forma irregular na rede elétrica, e os clientes atendidos de forma regular nas proximidades não terão o fornecimento de energia prejudicado. A companhia destacou que não possui clientes regulares no local.

Já a Prefeitura de Mongaguá disse que recebeu ofício da Polícia Militar para acompanhar uma operação de combate a furto de energia e ligações clandestinas.

Segundo a pasta, a administração já incluiu o local em Procedimento de Regularização Fundiária Urbana (REURB), com o auxílio da Secretaria Estadual de Habitação, por meio do programa Cidade Legal, para assim fornecer toda a infraestrutura aos moradores dos bairros.

A Polícia Militar informou que a força tarefa entre a Polícia Militar e Prefeitura Municipal de Mongaguá (Equipe de fiscalização ambiental e Equipe do Setor de Obras) prestaram apoio a empresa de energia Elektro para a desativação de ligações clandestinas.

Contudo, antes do início da operação, os moradores fizeram uma manifestação no local, onde bloquearam as vias de acesso da Rua do Atum, bem como atearam fogo em pneus. Foi necessário o apoio do Corpo de Bombeiros para fazer o apagamento dos focos de incêndio e o devido rescaldo.

Ainda segundo a PM, a operação em apoio aos órgãos fiscalizadores não ocorreu por motivo de ordem pública, sendo que no local havia diversas mulheres, crianças, idosos e cadeirantes.

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Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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