Hebe de Bonafini, líder das Mães da Plaza de Mayo, na quinta-feira 4 de agosto de 2017, ao deixar o local após a tradicional marcha de quinta-feira, rodeada por seus apoiadores e pela imprensa. — Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP
A ativista argentina de direitos humanos Hebe de Bonafini morreu neste domingo (20), aos 93 anos de idade. O anúncio da morte desta grande liderança das “Mães da Plaza de Mayo”, grupo histórico de resistência à ditadura militar, foi feito pela vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, de quem ela era muito próxima.
Hebe de Bonafini, a voz das “Mães da Plaza de Mayo”, organização que durante décadas denunciou os desaparecimentos de opositores durante a ditadura militar na Argentina, morreu neste domingo aos 93 anos de idade, anunciou a vice-presidente argentina Cristina Kirchner.
“Caríssima Hebe, Mãe da Plaza de Mayo, símbolo mundial da luta pelos direitos humanos, orgulho da Argentina. Deus te chamou no Dia da Soberania Nacional… Não pode ser uma coincidência. Apenas obrigado e adeus”, escreveu a líder argentina no Twitter.
Hebe de Bonafini morreu em um hospital da cidade de La Plata, na província de Buenos Aires, onde havia sido internada há alguns dias.
A ativista dos direitos humanos, cujos dois filhos (e sua nora) desapareceram durante a ditadura, havia se tornado uma figura controversa, notadamente por seu apoio inabalável ao casal Kirchner.
O presidente brasileiro eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, saudou a memória da ativista em suas redes sociais: “Recebi com tristeza a notícia da morte de Hebe de Bonafini, liderança das Mães da Plaza de Mayo, na Argentina. Hebe dedicou sua vida à luta por memória e justiça. Defensora dos direitos humanos, ajudou a criar um dos mais importantes movimentos democráticos da América Latina”, declarou.
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