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O adolescente morreu após sofrer três paradas cardiorrespiratórias na terça-feira (16), enquanto estava internado na Santa Casa de Santos. A família acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida. O caso foi registrado na Polícia Civil e a causa da morte ainda está sendo investigada. (leia mais abaixo).
O pai da vítima, Julisses Fleming, contou ao g1 que Carlos sofria bullying e, inclusive, já havia sido agredido por outros alunos anteriormente. De acordo com ele, toda vez que o filho relatava uma agressão, ele comparecia na escola. No entanto, nenhuma atitude era tomada por parte da direção.
“Me sinto acabado e destruído […]. O meu filho estava sofrendo bullying. O meu menino estava em estado de pânico o tempo todo”, afirmou Carlos.
Dezenas protestam em frente à escola estadual que Carlos Teixeira estudava — Foto: Diego Bertozzi/TV Tribuna
As imagens obtidas pela equipe de reportagem mostram dezenas de pessoas gritando “Justiça“. Uma mulher, que não foi identificada, disse o seguinte: “Hoje tem uma mãe chorando. Amanhã pode ser eu” (assista acima).
Também é possível ver equipes da Polícia Militar (PM) e da Ronda Ostensiva Municipal (Romu) fazendo uma barreira em frente à escola estadual. A PM informou ao g1 que a viatura da ronda escolar pediu apoio de outras equipes da corporação e da Guarda Civil Municipal (GCM), por volta das 16h11.
De acordo com a Prefeitura de Praia Grande, os “ânimos estavam acirrados”, mas não houve confronto físico com a GCM.
A administração municipal acrescentou que equipes continuam no local para garantir a integridade física dos manifestantes, alunos, professores e funcionários. O Centro Integrado de Comando e Operações Especiais (Cicoe) acompanha o protesto por meio de câmeras de monitoramento.
Carlos Teixeira, de 13 anos, foi agredido por estudantes em Praia Grande (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
Em nota, a Secretaria de Educação do Governo de São Paulo (Seduc-SP) informou que repudia toda e qualquer forma de agressão e de incitação à violência dentro ou fora das escolas.
A Seduc ainda afirmou que lamenta profundamente o falecimento do estudante. “A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações”.
A Prefeitura de Praia Grande disse que lamenta profundamente a ocorrência com um aluno da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, no Bairro Nova Mirim. A Administração municipal se solidariza com os familiares e amigos do jovem.
A Prefeitura solicitou junto a secretaria de Estado uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino é estadual. A administração municipal explicou ainda que também já está analisando todos os procedimentos adotados no atendimento efetuado no pronto-socorro da Cidade.
Vídeo mostra adolescente sendo agredido em escola no litoral de SP
Carlos Teixeira morreu na terça-feira (16), na Santa Casa de Santos. O pai afirmou que o filho era saudável e acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida. Segundo apurado pelo g1, o caso foi registrado na Polícia Civil e a causa da morte ainda está sendo investigada.
Julisses afirmou que os médicos disseram que a suspeita era de que a causa da morte seria uma infecção no pulmão. Em nota, a Santa Casa de Santos confirmou a transferência da UPA Central, mas disse não ter autorização para dar mais informações sobre o caso.
O estudante sofria bullying com frequência e já tinha sido agredido em outras oportunidades. Um vídeo obtido pela equipe de reportagem mostra um dos episódios em que o garoto foi vítima dentro da unidade escolar (assista acima).
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) afirmou que o caso foi registrado como morte suspeita e é investigado pelo 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande. Conforme apurado pelo g1, o corpo de Carlos passará por necropsia — procedimento médico que examina a causa da morte.
A pedido do g1, os médicos clínicos Carlos Machado e Marcelo Bechara analisaram o caso com base nas próprias experiências profissionais e nas informações passadas pela equipe de reportagem. Ambos afirmaram que o excesso de peso nas costas pode ter levado a um trauma — lesões causadas por um evento traumático externo ao corpo e que acontece de forma inesperada.
De acordo com Carlos Machado, o trauma pode ter sido uma fratura ou esmagamento da vértebra na coluna cervical, torácica e até na costela.
“Se ele estiver com uma dessas lesões, […] podia estar furando o pulmão, o que dificulta a respiração e, respirando menos, faz com que tenha secreção acumulada, que é uma infecção pulmonar”, afirmou o profissional.
Marcelo Bechara acrescentou que, pelo mesmo motivo, ocorre uma parada cardiorrespiratória. “O excesso de peso nas costas podem ter levado a um trauma que pode levar a um pneumotórax […], [quando] o pulmão não consegue ventilar e uma hora chega a parada cardíaca mesmo”, disse ele.
Por: G1
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Imagens obtidas pelo g1 nesta quinta-feira (13) mostram o estudante Carlos Teixeira, de 13 anos, que morreu uma semana após colegas pularem sobre as costas dele em uma escola, contando aos pais sobre a agressão. No vídeo, o menino aparece chorando e dizendo que sente dores nas costas ao respirar. O caso aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O adolescente morreu após sofrer três paradas cardiorrespiratórias na […]
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Diego Soares
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