Um motorista de aplicativo disse ter sido sequestrado pelo casal que manteve uma funcionária da Vivara refém dentro da Pernambucanas, na noite de terça-feira (8), em um shopping no litoral de São Paulo. O homem identificou a dupla ao assistir as imagens do crime. Segundo a vítima, que preferiu não se identificar, ela foi ameaçada por três horas e ainda teve os pertences e o carro roubados.
O homem contou ter sido chamado para uma corrida, na última sexta-feira (3), no estacionamento do mesmo shopping, onde, dias depois, seriam presos pela tentativa de assalto à joalheria e por manter a profissional da loja refém por quase duas horas.
“Eles estavam super bem vestidos e quando entraram no carro até trocaram carícias”. Ele buscou a dupla por volta das 19h e ao se aproximar do bairro Balneário Flórida Mirim, em Mongaguá, a o casal anunciou o assalto.
O motorista contou que os criminosos o ameaçavam a todo momento. “Fiquei três horas com uma arma [apontada] na minha cabeça. O rapaz dizia que se eu fosse polícia eu morreria. A mulher falava: “perdeu, perdeu, perdeu”.
Em determinado momento, os criminosos mandaram o motorista entrar em uma estrada de terra, onde o veículo foi parado. Ele lembra que estava no meio do mato e a mulher o revistava. “Ela repetia que eu ia morrer e para eu não falar nada”.
O celular e um valor em dinheiro, que não foi divulgado, foram roubados. Na sequência a dupla o libertou. “Eles mandaram eu sair correndo e não olhar pra trás. Foi o que fiz. Eles foram embora levando meu carro”.
Após ser liberado pelos criminosos, o motorista disse ter parado em uma casa, no meio da estrada de terra. “Expliquei o que tinha acontecido e uma mulher e a mulher que estava no imóvel ligou pra polícia”.
De acordo com ele, em pouco tempo uma viatura chegou no local e registou a ocorrência. “Passei a discrição da dupla, a roupa, a placa do carro e como tudo aconteceu. Eles [policiais] começaram as buscas na área”.
Segundo a vítima, as ações resultaram na localização do veículo, que foi achado aproximadamente 20 minutos depois dele ter informado para a policia o ocorrido. “Apesar de terem levado coisas materiais, o susto não passa. Eu fiquei o final de semana em casa, não tinha coragem de sair. Não desejo que ninguém passe por isso. Ainda bem que os encontraram”.
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