Yunus, de 83 anos, ganhou o Nobel da Paz em 2006, pelo trabalho de tirar milhões de pessoas da pobreza, graças a seu pioneiro banco de microcréditos.
A primeira-ministra Sheikh Hasina, porém, acusou o banqueiro de “sugar o sangue dos pobres”.
Nesta segunda-feira (1º), Yunus e três funcionários da Grameen Telecom, empresa que ele fundou, foram condenados. Eles são acusados de violar leis trabalhistas por não criarem um fundo de assistência aos funcionários, informou a AFP.
Os quatro têm um mês para recorrer da decisão e estão em liberdade sob fiança enquanto aguardam a apelação.
Khaja Tanvir, um dos advogados do banqueiro, disse que o caso tem motivação política e tem como objetivo assediar Yunus, segundo a Reuters.
Apoiadores dele dizem que isso ocorre porque, uma vez, o banqueiro considerou criar um partido político para rivalizar com a Liga Awami de Hasina.
Muhammad Yunus, economista laureado com o Prêmio Nobel da Paz — Foto: Divulgação
Muhammad Yunus nasceu em 1940, é muçulmano não-praticante e estudou Ciências Econômicas em Nova Délhi. Posteriormente, ampliou seus estudos nos Estados Unidos com bolsas das instituições Fullbright e Eisenhower. Voltou a seu país em 1972 para dirigir o departamento de Economia da Universidade de Chittagong.
Mas foram os projetos sociais que se tornaram a força-motriz para que Yunus fosse premiado também com o Nobel da Paz, em 2006. Ele foi reconhecido pela criação do Grameen Bank, instituição especializada na concessão de microcrédito a pessoas de baixa renda.
O Comitê Nobel afirmou que os “microcréditos se tornaram uma importante força de libertação em sociedades nas quais as mulheres precisam lutar contra um entorno social e econômico repressivo”. Yunus passou a ser reconhecido como “banqueiro dos pobres”.
Ele foi premiado pela criação da “Yunus Sports Hub”, uma organização que promove o empreendedorismo social ligado ao esporte. A ideia é apoiar projetos esportivos autossustentáveis e que ataquem problemas sociais.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)