A Nicarágua dissolveu, nesta quarta-feira (10), a Cruz Vermelha no país, após acusá-la de violar a neutralidade nos protestos de 2018, e a substituiu por um organismo subordinado ao governo.
Uma resolução aprovada por unanimidade pela Assembleia Nacional, controlada pela Frente Sandinista, do presidente Daniel Ortega, revogou um decreto de 1958 que havia criado a Associação Cruz Vermelha Nicaraguense.
A norma aprovada pela Assembleia ordena a criação de uma nova Cruz Vermelha Nicaraguense, que será uma “entidade autônoma descentralizada, com personalidade jurídica, patrimônio próprio e duração indefinida”, vinculada ao Ministério da Saúde.
Mais de 2.000 organizações privadas foram proibidas na Nicarágua sob a acusação de violar leis, incluindo sindicatos empresariais e universidades católicas.
Alguns deputados (todos são apoiadores oficiais) acusaram a Cruz Vermelha de violar as leis sobre organizações sem fins lucrativos e o princípio de neutralidade da organização humanitária, fundada em Genebra em 1863 para proteger as vítimas de conflitos armados.
Os protestos de 2018 duraram pelo menos três meses em diferentes áreas da Nicarágua, com bloqueios de estradas, além de confrontos entre manifestantes da oposição e pró-governo que deixaram mais de 300 mortos, segundo a ONU.
O governo Ortega considerou os protestos uma tentativa de golpe promovida pelos Estados Unidos, enquanto organismos internacionais acusaram o executivo de promover repressão contra a oposição.
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Por: G1
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