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A uma rádio, Noboa disse que, para os criminosos, seria interessante que o governo classificasse as 22 facções que atuam no país como organizações criminosas, e não como terroristas.
“Vivemos em um estado de conflito, um estado de guerra [e nesse caso] se aplicam outras leis, aplica-se também o direito humanitário internacional, que é diferente do direito comum do Equador”, afirmou.
Como terroristas, os criminosos passam a ser alvos militares, disse o presidente.
Equador amanhece com ruas vazias após aumento da violência por toque de recolher
As maiores cidades do país viveram dias atípicos. Em todo país as aulas presenciais foram suspensas e a rede pública de saúde interrompeu as consultas.
Em Quito, centenas de militares faziam a segurança nas ruas ao redor redor do palácio do governo, no centro da cidade. O parque La Carolina, o maior de Quito, ficou vazio.
Tanto em Quito como em Guayaquil o tráfego de carros foi muito diminuído, e lojas não abriram as portas.
O ataque em Guayaquil à sede do canal TC Televisión na terça-feira aumentou o pânico entre a população, que rapidamente saiu das ruas para se proteger em suas casas.
Noboa afirmou que o país vai começar a deportar estrangeiros presos em cadeias do Equador. A medida é uma tentativa de reduzir o tamanho da população carcerária.
De acordo com ele, há 1.500 colombianos presos no Equador. A grande maioria (90%) dos estrangeiros no sistema prisional equatoriano são dos seguintes países:
O Equador vive uma crise de segurança que começou com motins em prisões. Houve fuga de criminosos, ataques a delegacias e sequestro de policiais.
Também na terça-feira, cidades do país registraram invasões, explosões e sequestros. A imprensa equatoriana afirma que 11 pessoas morreram na cidade de Guayaquil e 2 na cidade de Nobol.
Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários eram mantidos como reféns por detentos, nesta quarta-feira, em pelo menos cinco prisões do Equador, país que está sofrendo com uma escalada de violência nos últimos dias.
A crise começou na segunda-feira (8), após a fuga da prisão do criminoso José Adolfo Macías, mais conhecido como “Fito”. Ele é chefe da “Los Choneros”, uma das facções criminosas mais temidas do país.
O governo disse que a violência é uma reação ao plano de Noboa de construir uma nova prisão de alta segurança para os líderes de gangues.
Após, a fuga de Fito, o presidente Noboa decretou estado de exceção. Essa foi a primeira medida de endurecimento do regime. Um toque de recolher passou a vigorar e foram impostas restrições a direitos de reunião, de privacidade de domicílio e de residência.
Além disso, as Forças Armadas também foram autorizadas a ir para as ruas apoiar o trabalho da polícia.
Por: G1
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À época, o Equador era de fato um dos países mais seguros da América do Sul. A taxa de homicídios em 2016 era de 5,83 por 100 mil habitantes, e chegou a cair no ano seguinte para o recorde histórico de 5,81 por 100 mil habitantes. Como comparação, o Brasil tinha índices muito maiores: em 2016, eram 26,4 homicídios dolosos por 100 mil habitantes, e 27 em 2017, segundo o […]
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