Novos postes instalados durante obras do VLT causam transtornos a moradores em Santos, SP

Representantes da Prefeitura de Santos, da Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) e da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) e da comissão dos moradores, fizeram uma vistoria na rua Campos Mello.

O g1 apurou que já foram instalados 65 novos postes e outros 30 ainda devem ser colocados, totalizando 95. Durante a visita, a empresa responsável pela obra identificou que, em uma parte da rua, quatro equipamentos terão que ser realocados porque ficaram muito próximos da saída da garagens de casas.

Os moradores dizem que alguns postes estão em vias rebaixadas e a poucos metros de fachadas e janelas das casas. Eles reclamam que, por conta das obras, estão há meses sofrendo com quedas de energia, sem aviso prévio. Além de ficar sem telefone, internet e sem luz, as interrupções danificam os aparelhos eletrônicos.

As autoridades não conseguiram concluir a vistoria e marcaram um novo encontro com os moradores, na próxima quinta-feira (11).

Em nota, a Prefeitura de Santos informou que acompanha o andamento e impactos da obra estadual e que esteve presente na vistoria realizada nesta quarta-feira (3). A interrupção do abastecimento de energia é programada e avisada aos moradores do local pela concessionária de energia (CPFL) e empreiteira contrata pelo Estado, por meio da EMTU, para construir o segundo trecho do VLT.

O g1 também entrou em contato com a EMTU e com a CPFL, para obter um posicionamento sobre a vistoria, mas não obteve retorno até a última atualização dessa reportagem.

No dia 17 de março, o prefeito de Santos, Rogério Santos, se reuniu com representantes do governo do Estado, da Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (EMTU) e com a empresa responsável pela obra e demonstrou insatisfação com o prazo previsto para conclusão da obra do VLT em todas as etapas.

Na época, segundo ele, a data estimada para a entrega das obras seria julho de 2024. “Temos que antecipar este prazo”. O prefeito cobrou que o detalhamento da sequência dos trabalhos seja apresentado em reuniões mensais na sede do Executivo.

A Queiroz Galvão, por outro lado, garantiu que as obras do segundo trecho do VLT terminarão em julho de 2024 e que a Rua Campos Mello estará totalmente pronta.

A linha 2 do VLT terá oito quilômetros de extensão, contando com 12 estações próximas a locais de interesse público, como o Mercado Municipal, o Poupatempo e o Terminal Valongo, onde haverá uma estação integrada com o transporte de ônibus.

Em nota, a EMTU informou que a segunda fase do VLT prevê a instalação de 89 postes na rua Campos Melo – um a cada 20 metros, podendo chegar a 25 metros de distância entre um e outro, no máximo.

De acordo com a empresa, a distância é determinada pelo projeto de infraestrutura de via aérea do trecho Conselheiro Nébias – Valongo, que leva em conta a carga prevista para movimentar o VLT e o uso compartilhado pela concessionária CPFL.

“Até o momento foram instalados 64 postes pela CPFL, concessionária responsável, e os demais 25 serão instalados até o final de julho de 2023. Esta infraestrutura não representa risco para moradores e comerciantes, que serão beneficiados com um modal de transporte silencioso e não poluente”, diz a empresa.

Ainda de acordo com a EMTU, as obras na região da rua Campos Mello preveem o remanejamento de postes de energia, serviço sob responsabilidade das equipes da concessionária CPFL e que é executado quadra a quadra de acordo com uma programação prévia.

“Os moradores são avisados sobre as datas e os horários com antecedência por meio de avisos distribuídos pela concessionária e também pela construtora, que reforça as informações de responsabilidade da CPFL, já que o remanejamento acarreta interrupção temporária do fornecimento de energia”, finaliza o texto.