Fortes inundações causadas pelo fenômeno climático El Niño deixaram 120 mortos no Quênia, e quase 90 mil famílias foram forçadas a deixar suas casas, disse o governo nesta terça-feira (28).
A estimativa mais recente do número de mortos no Quênia duplicou, uma vez que fortes chuvas sazonais, após a pior seca em quatro décadas, submergiram cidades e aldeias em toda a África Oriental, deixando centenas de milhares de pessoas desalojadas.
Milhares de casas foram destruídas ou abandonadas, enquanto terras agrícolas foram submersas e dezenas de milhares de animais morreram afogados, disseram agências humanitárias. Na vizinha Somália, as inundações mataram pelo menos 96 pessoas e deslocaram 700 mil, disse um funcionário da gestão de desastres.
Quatro regiões no leste do Quênia — Tana River, Garissa, Wajir e Mandera — são os mais gravemente afetados, disse o ministro do Interior do país, Raymond Omollo.
“Todas as grandes barragens estão sendo monitoradas, mas Kiambere ainda tem um medidor até transbordar”, disse Omollo em um comunicado, em referência à Central Hidrelétrica de Kiambere, no rio Tana.
“Apelamos aos que moram ao longo do rio para que se desloquem para terrenos mais elevados, mesmo enquanto o governo aumenta a produção de energia para mitigar o desafio.”
O Departamento Meteorológico do Quênia prevê que as fortes chuvas continuarão até janeiro de 2024.
As mudanças climáticas estão causando eventos climáticos extremos mais intensos e frequentes, segundo os cientistas. Em resposta, os líderes africanos propuseram novos impostos globais e alterações às instituições financeiras internacionais para ajudar a financiar a medidas contra as mudanças climáticas.
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Por: G1
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