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O que o Irã realmente queria com o ataque a Israel? Professores analisam ofensiva

today14 de abril de 2024 4

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Grande parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia; mas alguns atingiram o território. Uma criança de 10 anos ficou ferida e, por volta das 19h, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado.

Para o professor Vitelio Brustolin, da Universidade de Harvard, o que o Irã queria com esse ataque “era dar uma resposta telegrafada para as ações de Israel” (veja o vídeo acima).

“O Irã telegrafou não apenas deixando claro que faria esse ataque, mas também usando primeiro drones, que levam 9 horas para passar por aqueles 1.750 km que dividem o Irã de Israel. Em seguida, mísseis de cruzeiro que levam 2 horas e, por fim, mísseis balísticos que levam 12 minutos”, explica.



“Se o Irã realmente quisesse alvejar o território israelense para causar danos, teria começado com mísseis balísticos, teria instalado drones em outros territórios, teria feito um outro ataque.”

Por isso, o professor afirmou, em entrevista à GloboNews, que o ataque foi uma resposta “primeiro ao público interno do Khamenei [líder supremo do Irã], que está com 84 anos, precisa fazer um sucessor e não poderia ficar desmoralizado pelo ataque de Israel e, segundo, aos seus vizinhos”.

“O objetivo não era destruir Israel, causar um grande estrago social, político. Era mais para falar: ‘Olha, nós fomos atacados, estamos respondendo e o assunto está encerrado.’ […] É uma chamada de atenção, uma demonstração de força“, concorda Rodrigo Amaral, professor de relações internacionais da PUC-SP.

Para a doutora em direito internacional Priscila Caneparo, professora da Universidade Federal do Paraná, o Irã deixou que Israel tivesse tempo para se preparar para o ataque com seus aliados, para não ocorrer “um desastre maior em território israelense”.

“Basicamente, o recado do Irã foi o seguinte: ‘Eu estou evocando o artigo 51 da carta da ONU que fala sobre legítima defesa, mas, em contrapartida, eu não quero fazer uma resposta efetiva, de forma a deflagrar um conflito regional'”, diz.

E, por meio do porta-voz da Diplomacia Pública de Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país irá “ferir qualquer um” que tenha planos de atacar Israel.

No entanto, de acordo com a professora Priscila Caneparo, o que se espera agora é “uma resposta um pouco mais branda de Israel” (assista abaixo).

“Muito dificilmente a gente espera que haja uma escalada a nível regional desses conflitos, desses ataques diretos que, pela primeira vez, aconteceram entre Irã e Israel.”

'A gente espera que de fato venha uma resposta um pouco mais branda de Israel', diz analista

‘A gente espera que de fato venha uma resposta um pouco mais branda de Israel’, diz analista




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Por: G1

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