G1 Mundo

ONU alerta que 120 bebês em incubadoras correm risco de vida por falta de combustível em Gaza

today22 de outubro de 2023 3

Fundo
share close

Os hospitais de Gaza enfrentam a grave falta de medicamentos, combustível e água para os milhares de feridos na guerra e pacientes de rotina.

“Há atualmente 120 recém-nascidos em incubadoras, 70 deles em ventilação mecânica e, claro, estamos muito preocupados”, disse o porta-voz da Unicef, Jonathan Crickx.

A eletricidade é uma grande preocupação nas sete unidades especializadas do enclave que tratam bebês prematuros, ajudando-os a respirar e fornecendo apoio crítico, por exemplo quando seus órgãos ainda não estão suficientemente desenvolvidos.



Israel impôs um “cerco total” ao território após a ofensiva do Hamas, que deixou cerca de 1.400 mortos, a maioria civis, de acordo com autoridades israelenses.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na quinta-feira (19) que os hospitais não possuem combustível para os geradores, e que cerca de 1.000 pessoas que necessitam realizar diálises também estarão em risco.

Neste fim de semana, caminhões com ajuda humanitária começaram a entrar em Gaza, procedentes do Egito. No sábado (21), entrou o primeiro comboio, com 20 caminhões, mas nenhum com combustível. Neste domingo, entraram mais 17 caminhões com ajuda humanitária, mas ainda não está claro se foi permitido entrar algum veículo com combustível.

Embora Israel tema que o combustível ajude o Hamas, o pouco que resta no território palestino está sendo utilizado em geradores para permitir que os equipamentos médicos continuem funcionando.

Uma mulher palestina carrega um bebê após ataque aéreo de Israel em Gaza, em 11 de maio de 2021 — Foto: Mohammed Salem /Reuters

Na média, quase 160 mulheres dão à luz todos os dias em Gaza, segundo o Fundo de População da ONU, que calcula que há 50 mil mulheres grávidas no território de 2,4 milhões de habitantes.

Ainda que Israel afirme que direciona os ataques contra alvos do Hamas, as crianças representam uma enorme proporção dos mais de 4.600 mortos registrados pelo Ministério da Saúde palestino.

Famílias inteiras, incluindo mulheres grávidas, morreram nos bombardeios, e todos os dias os pais são vistos carregando os corpos dos seus filhos em envoltórios brancos pela rua.

Os médicos do Hospital Najjar, em Rafah, contaram na quinta-feira que não conseguiram salvar o feto de uma mulher que morreu em um ataque aéreo que atingiu sua casa.

Horas antes, oito crianças faleceram enquanto dormiam em uma casa em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

Mulher chora durante funeral de família palestina morta durante ataque israelense a Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza — Foto: REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

jornalistas-sao-condenadas-no-ira-por-terem-divulgado-morte-da-jovem-mahsa-amini

G1 Mundo

Jornalistas são condenadas no Irã por terem divulgado morte da jovem Mahsa Amini

Amini foi detida em Teerã pela Polícia da Moralidade por supostamente violar o rígido código de vestimenta do país, que obriga as mulheres a utilizar o véu islâmico em público. Ela morreu sob custódia policial dias depois. As jornalistas Elaheh Mohammadi, de 36 anos, e Niloufar Hamedi, de 31 anos, estão na prisão de Evin, em Teerã, desde suas detenções no final de setembro de 2022, dias após a morte […]

today22 de outubro de 2023 4

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%