O acidente aconteceu no dia 11 de abril na comunidade Pedreira Matarazzo, no bairro Enseada. Carlos jogava futebol com amigos em um parque quando a bola foi chutada para o telhado da Associação de Moradores do local. Ele e um amigo subiram na construção, mas a estrutura quebrou. A vítima sofreu traumatismo craniano e morreu nove dias depois, no Hospital Santo Amaro. O colega dele passa bem.
“Eu não conseguia dormir [depois que Carlos morreu]. Eu precisava e sabia que eu tinha que fazer alguma coisa. Fiz esse projeto porque eu não queria ver mais nenhuma mãe ou pai chorando. Pelo o que aconteceu com a gente, não queríamos que outras mães passassem por isso mais”, disse.
Douglas contou que o projeto tem apenas duas duas semanas, mas já reúne mais de 200 crianças em um campo de areia na comunidade Pedreira Matarazzo. O local está a apenas 30 metros da Associação de Moradores, onde Carlos subiu no telhado e caiu.
Adolescente de 12 anos morreu após cair do telhado enquanto buscava a bola de futebol — Foto: Arquivo pessoal
As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 21h. Para passar as atividades, Douglas utiliza materiais recicláveis, como chinelos, cabos de vassouras, pneus de bicicletas e cordas. As bolas de futebol foram doadas pelos pais dos alunos.
“Não é fácil, mas estamos tentando seguir em frente. Agora, a gente tem outra família [as crianças do projeto]. Ver a força de vontade das crianças é gratificante. A única coisa que eu cobro é que compareçam aos treinos todos os dias. Se deixar, até em dias de chuva eles querem treinar”, finalizou.
Mais de 200 crianças participam do projeto, entre elas, está o colega que subiu na construção com o Carlos para pegar a bola — Foto: Arquivo Pessoal
Carlos ficou internado por nove dias no hospital antes de ter a morte encefálica [parada de todas as funções do cérebro] confirmada pela equipe médica do hospital.
A família decidiu pela doação dos órgãos de Carlos, que foi sepultado no Cemitério Vila Júlia . O amigo que também caiu do telhado, inclusive, compareceu à despedida, no último dia 22.
À época, o g1 apurou que o caso foi registrado como morte acidental no DP Sede de Guarujá (SP). O Hospital Santo Amaro, por meio de nota, confirmou a morte do adolescente e a autorização da família para a doação dos órgãos.
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